O mercado está muito mais profissionalizado e competitivo, reconhece o presidente da ALF

A recuperação do mercado automóvel foi acompanhado pelo crescimento do financiamento especializado: em 2014 o leasing automóvel cresceu 34,7% e o renting 35,1%.

E em 2015, como está a ser?

Na entrevista à FLEET MAGAZINE, Paulo Pinheiro, presidente da ALF, reconhece que o mercado está muito mais profissionalizado e competitivo, com as empresas e os particulares a ponderarem muito bem antes de decidirem a aquisição de uma viatura nova e a procurarem também as melhores formas de financiamento.

“Nota-se que a diversidade de soluções automóveis tem entrado cada vez mais no léxico nacional. O que é positivo para o financiamento especializado! O leasing e o renting são produtos amplamente conhecidos e em quem os agentes económicos confiam, sendo portanto natural que, no primeiro semestre de 2015, o leasing automóvel tenha crescido 48% enquanto o incremento do renting, no mesmo período, face a 2014, tenha sido de 21%.

Baseando a convicção no comportamento atual do comércio automóvel português, Paulo Pinheiro espera terminar 2015 com taxas de crescimento de 2 dígitos, mantendo ou até mesmo reforçando o peso do leasing e do renting no mercado automóvel global.

“Independentemente do tipo de cliente, os objetivos são sensivelmente os mesmos: obter a melhor forma de financiamento ou aluguer automóvel e a simplicidade operacional que traga valor acrescentado”, reconhece o presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting.

Mas faz uma distinção do tipo de clientes para estas duas fontes de financiamento:

“O leasing tem, naturalmente, um peso maior junto dos particulares. Estes procuram principalmente a simplicidade e flexibilidade do produto, para além de encontrarem as taxas de juro, geralmente, mais baixas do mercado. Como o objetivo é adquirirem a viatura no final do contrato, é natural que se assista a um peso mais relevante por parte dos particulares. Se bem que as empresas componham a maioria dos clientes”.

Já o renting, pelas suas características, é uma oferta que se destina primariamente a gerir frotas. Por isso, as empresas são a esmagadora maioria dos clientes deste produto.

“Entre diversas razões, porque lhes permite obterem um nível de operacionalização e modernidade da sua frota, que é difícil através de outros meios. É um produto que tem uma forte componente de consultoria em conjunto com os clientes, analisando as suas necessidades específicas, desenvolvimentos fiscais e legislativos, as viaturas mais eficientes em cada caso e os períodos de renovação de viatura mais indicados”, explica Paulo Pinheiro.

“Temos notado que esta componente é considerada cada vez mais importante”, garante o entrevistado.