À medida que a Europa lida com os impactos sanitário, social e económico provocados pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), a ACEA – Associação Europeia dos Construtores Automóveis propõe quatro linhas diretrizes para relançar a indústria automóvel.

Eric-Mark Huitema, diretor-geral da ACEA, diz que o sector automóvel será “fundamental” para uma recuperação económica e que a sua revitalização deve contribuir “fortemente” para a estratégia industrial da União Europeia (UE).

Assim, a ACEA definiu as seguintes diretrizes:

  1. Uma estratégia coordenada que relance a produção de veículos o mais depressa possível
    Os fabricantes automóveis devem assegurar que os negócios podem retomar o seu normal curso o quanto antes, à medida que as restrições forem sendo levantadas.
    Os fabricantes automóveis e os seus fornecedores devem – assim que a crise imediata cessar – rápida, e simultaneamente, reativar as suas fábricas, bem como as suas cadeias de distribuição.
    Devem ser também facilitados as negociações entre os intervenientes.
    Continuar a proteger a saúde dos que trabalham no sector automóvel.
    Abrir ligações de transporte por todo o território europeu e mesmo de e para a UE.
  2. Estimular a procura em todas as categorias de veículos
    É crucial que a mobilidade e o transporte rodoviário sejam garantidos e estejam disponíveis a todos os habitantes do continente europeu. O apoio financeiro deve ser mantido e devem ser asseguradas medidas nacionais de estímulo junto das empresas.
    Dada a fragilidade económica resultante da (ainda decorrente) crise, muitos consumidores e operadores de mobilidade não terão capacidade de retomar os seus investimentos de compra de veículos. Assim, será necessária a adoção de esquemas de renovação de frotas de ligeiros de passageiros e de comerciais ligeiros.
    A ACEA pede ainda aos países para acelerarem a implementação dos requisitos e objetivos das suas diretivas de veículos zero emissões.
  3. Desbloqueio de aprovações e registos de veículos de última geração
    A indústria automóvel tem vindo a investir na produção de veículos de zero e baixas emissões, pelo que é fundamental que este tipo de veículos sejam chamados de novo ao mercado.
    Se as autoridades não puderem garantir os registos deste tipo de viaturas, estas não poderão entrar no mercado. Assim, a ACEA intercede junto das autoridades europeias no sentido de acelerar os processos de aprovação e registo deste tipo de viaturas.
  4. Acelerar o investimento nas infraestruturas de carregamento elétrico e de abastecimento
    O cumprimento desta diretriz é fundamental para garantir a renovação da frota automóvel de forma o mais ecológica possível. Tal também criará maiores índices de confiança nos consumidores para a aquisição de veículos movidos a energias alternativas.
    A ACEA manifesta ainda total apoio à iniciativa da Comissão Europeia de instalar um milhão de pontos de carregamento e abastecimento para todos os tipos de veículos.