João Seabra já o tinha dito durante a apresentação da Kia Carens e voltou a repeti-lo durante a sua intervenção no World Shopper Conference: em 2017, o mercado automóvel regressará a vendas em redor das 200 mil unidades de veículos ligeiros.
A acreditar que a confiança de particulares e empresas, que tem vindo a reflectir-se nos valores dos últimos meses, se irá manter nos próximos anos, os ajustamentos verificados nas estruturas da rede de concessionários, as vendas necessárias para as manter e a distribuição geográfica dessas mesmas vendas, são as razões que o levam a acreditar num potencial de 170 mil ligeiros de passageiros vendidos pelas redes das marcas em 2017, sem contar com os destinados a empresas de rent-a-car e às exportações.
Naquela que foi uma das apresentações mais aplaudidas durante os trabalhos da WSC, o diretor geral da Kia em Portugal explicou porque é que a sobrevivência das concessões passa por vendas anuais de 250 a 350 unidades e por uma maior aposta na comercialização de viaturas usadas.
Mas será que estamos preparados para corresponder às expectativas dos clientes?, interroga-se João Seabra. Daí a necessidade de uma nova postura baseada numa cultura de exigência, de análise e de acompanhamento da nova forma de estar e de actuar dos consumidores actuais.
É sua convicção que a “internet não substitui as concessões” e que “dois terços dos clientes que chegam a uma concessionária ainda podem ser influenciados”. E se a internet dá a conhecer ao interessado na compra um leque mais alargado de propostas, o fundamental continua a ser a sua satisfação: “o cliente não quer ser enganado. E quando sente que o negócio é justo, não regateia”, sintetiza o responsável pelas operações da Kia em Portugal.
