frotaO mercado de renting em Portugal mostra um elevado grau de concentração empresarial, operando com um nível muito reduzido de companhias, conclui um estudo elaborado pela DBK, empresa ibérica que regularmente analisa a atividade empresarial portuguesa e espanhola.
Esta tendência tem-se acentuado nos últimos anos, em consequência das alianças e fusões entre empresas especializadas em renting e grupos automóveis ou financeiros, realça ainda o mesmo estudo.
Na análise ao mercado português é referido o facto de variados construtores automóveis estarem presentes no setor do renting, através das suas filiais, aproveitando as redes de concessionários próprias para comercializarem este serviço.
Em 2013, demonstra o estudo efetuado pela DBK, os cinco maiores operadores do mercado geraram 78% do volume de negócios total. A percentagem cresce até 91% quando se analisam apenas as 10 empresas com maior volume de negócio.

Estudo aponta tendências do mercado português

O decréscimo da atividade económica em Portugal originou uma redução das necessidades de mobilidade das empresas portuguesas. Em consequência disso, entre 2010 e 2013, verificou-se uma redução de 20 % das frotas empresariais em regime de renting, até atingir pouco mais de 92 mil unidades. Em 2013, o valor deste mercado foi de 575 milhões de euros em 2013, uma redução de 10,9% face ao exercício do ano anterior.
Cerca de 88 % da faturação das empresas de renting em Portugal corresponde ao negócio com as empresas. Os restantes 12 por cento repartem-se entre empresários em nome individual e, em menor medida, clientes particulares.
A curto prazo, menciona este trabalho, o mercado de renting continuará a ser afetado pelas medidas de redução de custos das empresas, pelas restrições orçamentais das administrações públicas e pela debilidade de preços do mercado de veículos usados.
Daí que, para 2014, os analistas da DBK tenham projetado uma quebra desta atividade na ordem dos 2 %. Daqui resultará um volume de negócios de cerca de 565 milhões de euros.
No ano de 2015 espera-se a inversão desta tendência, apoiada pela recuperação da atividade económica, com aumento previsto da faturação em cerca de 3%.