A FLEET MAGAZINE entrevistou o director-geral da Peugeot Portugal-o durante o lançamento da nova carrinha 308 e quis saber sobre as expectativas e a atitude da marca francesa no mercado nacional, numa altura em que é vice-líder nas vendas de ligeiros.
Que medidas têm tomado para reforçar a posição no mercado de frotas e qual o papel do 308 nessa estratégia?
A presença da Peugeot no canal empresas, também pela própria evolução do mercado em geral, tem vindo a ganhar peso. Além dos excelentes resultados nas viaturas comerciais ligeiras (reforçado com o lançamento da Partner Office), os veículos de passageiros nos principais segmentos (B com o 208, C com o 308 e D com o 508) têm contribuído de forma decisiva para o peso de 40% nas nossas vendas deste canal. Sendo o segmento C o mais representativo, o papel do 308 e do novo 308 SW será reforçar esta nossa presença nas empresas.
E que trunfos oferece a gama 308, particularmente esta nova SW? Estão previstos pacotes específicos para frotistas? já pode adiantar valores de rendas?
Os argumentos são fortíssimos. Em termos de motorizações, baixo CO2 e consumos reduzidos. Revimos os planos de manutenção, bem como equipamentos.
Os pacotes específicos estão presentes, como o referido Pack Business, por apenas mais 495 Eur com IVA. Quanto às rendas dependem sempre de vários de diversos fatores: versão, motorização, duração e quilometragem. Mas podemos afirmar que, tendo em conta os excelentes valores residuais, iremos ter uma das rendas mais competitivas do mercado.
Já existem valores de retoma?
Para o 308, os valores residuais apresentados por diversos operadores do mercado têm refletido um acréscimo após o seu lançamento, em Outubro de 2013. Isto demonstra o reconhecimento das suas qualidades. O forecast da Eurotax de Março deste ano colocou o valor residual para 36M/90.000 km do 308 em 1º Lugar. Para o novo 308 SW temos as mesmas expectativas. Os primeiros valores apresentados pela Eurotax apontam para uma posição cimeira em termos de segmento.
Quais as expectativas para as versões a gasolina 1.2?
O motor gasolina 1.2 THP 130cv, que recentemente bateu o record de consumo, é uma verdadeira surpresa para quem o conduz. A sua performance é equivalente à de um “diesel” como os conhecemos hoje em dia. Assim, há que analisar bem os TCO’s, pontos de equilíbrio em termos de quilometragens, etc., para podermos mudar o paradigma diesel. Há um papel muito importante de todos os intervenientes no mercado (imprensa, rede de distribuição, operadores de gestão de frota, etc) no esclarecimento da evolução tecnológica em curso porque, a médio prazo, haverá uma inversão do consumo de motores diesel, preteridos a favor dos a gasolina. Mais do que nunca este motor tem de ser experimentado por todos os potenciais interessados!
Em termos gerais que expectativa tem a Peugeot para 2014?
O ano apresenta uma recuperação percentual muito elevada do mercado, sabendo que a base está a níveis muito baixos. O mercado de frotas e rent-a-car estão dinâmicos, fruto de algumas renovações adiadas que agora se estão a concretizar.
Apesar do impacto das alterações fiscais na compra de viaturas novas implementadas com o OE de 2014?
Esse embate está a chegar de forma muito gradual, à medida que as empresas junto da sua área financeira ou contabilística verificam o impacto real nas suas contas da tributação autónoma. Sentimos é que o downsizing é uma realidade. Daí que estejam em curso algumas soluções que têm chegado ao mercado com uma vantagem fiscal interessante no âmbito da legislação europeia.