gasolinaNão há grandes surpresas no que se refere à principal conclusão do estudo divulgado ontem e que foi realizado pela consultora Accenture para a Associação Portuguesa de Energia (APE): face à situação económica que Portugal atravessa “o principal fator na escolha, pelos consumidores, do posto e do fornecedor de combustíveis alterou-se, passando a prevalecer o preço, em detrimento da localização”, lê-se no documento.

O que revela a importância dos descontos praticados pelas cadeias de fornecedores e o sucesso de algumas parcerias com vantagens para os associados de uma das empresas do acordo. Mas também a proliferação das redes de abastecimento de combustível de baixo custo, vulgo de “marca branca”.

Isto acontece tanto com clientes particulares como com empresas. O preço é igualmente um fator importante para as empresas quando escolhem o seu principal fornecedor de combustíveis. As razões que se seguem são a cobertura da rede, a facilidade de pagamento, a localização do posto e o cartão de fidelização.

Com uma importância de apenas 13 e 11 por cento no cômputo global, é que aparece então, pela mesma ordem, o prestígio da marca e as preocupações ambientais.

Não se volte a estranhar, portanto, que este trabalho mostre que “a maioria dos consumidores desconhece a incorporação de biocombustível no gasóleo”. A confirma-se este facto, ou revela pouca capacidade de informação por parte das entidades que o deveriam comunicar ou demonstra a ainda pouca sensibilidade dos consumidores para as questões do ambiente. Até por que, conclui o estudo “sabendo as suas vantagens para o meio ambiente, cerca de um terço está disposto a pagar mais, desde que o acréscimo seja inferior a 5%”.

Só um terço, saliente-se. A que se juntam os 11 por cento de importância ambiental das empresas.