Alguma vez imaginou como será gerir uma frota de viaturas blindadas, naturalmente todos equipados com a mais evoluída tecnologia de segurança e comunicações?

E o que é que acontece quando chegam ao fim da sua vida útil’ Quem está interessado em retomar este tipo de veículos?

No n.º 23 na edição de Dezembro da FLEET MAGAZINE explicamos como a ESEGUR faz. Estivemos à conversa com Luís Tavares Madeira, o diretor financeiro desta empresa de alta segurança e contamos aquilo que nos é permitido revelar. Porque, mais do que em qualquer outra atividade, neste caso, o segredo é ainda mais a alma do negócio!

“Para a frota blindada, por ter características muito específicas, a melhor opção de financiamento é o leasing. Em Portugal, não há quem faça alugueres operacionais para este tipo de viaturas. Porque, no final do contrato, elas só poderiam interessar a outras empresas de segurança”, explica Luís Tavares Madeira.

Como este tipo de viaturas obedece a determinados requisitos legais, a imprevisibilidade das mudanças na lei reduz ainda mais o interesse de qualquer locadora em receber os veículos no final de um período de aluguer operacional.

Mas nem a ESEGUR estaria disposta a entregá-las no fim da sua vida útil, menos ainda em Portugal: “são carros com características muito particulares. Com especificações e equipamentos, sobretudo de sistemas de segurança e de comunicações, que obedecem a requisitos só nossos”, justifica o responsável financeiro da empresa.

esegur luis madeira

Obrigados a renovar mais cedo

A recente promulgação das alterações à lei que regula o exercício da atividade de segurança privada em Portugal. obrigaram a ESEGUR a avançar com o plano de renovação da sua frota blindada há muito previsto.

Luís Madeira detalhou para a FLEET MAGAZINE os critérios de seleção do produto: “Procurámos o veículo com a melhor relação de custo de aquisição (chassis) para a capacidade de carga que necessitamos e, no TCO, analisámos não só a manutenção, reparação, consumo, fiabilidade… mas também a segurança/robustez. Porque são viaturas que não podem parar e que prevemos venham a durar oito anos.”

“O TCO é fundamental. Imediatamente a seguir aos gastos com pessoal, a frota é a principal fonte de custos da empresa”, justifica.Baseado no histórico da empresa, na satisfação dos seus colaboradores e na boa cobertura da rede de assistência, a ESEGUR optou por uma marca que “continua a ser preponderante neste sector de atividade”.

“Para o processo de blindagem não existem muitas empresas com conhecimento e devidamente creditadas para desempenhar esta atividade”, explica Luís Madeira. “Já recorremos a empresas fora de Portugal, mas também aqui temos do que de melhor se faz internacionalmente. E nós privilegiámos o que é nacional”, garante.

esegur luis madeira

Já viu uma viatura blindada a abastecer?

Questão não menos importante diz respeito ao combustível: “representa cerca de 35% dos gastos da nossa frota automóvel. Por isso, o controlo das médias realizadas, o planeamento eficiente das rotas, a monitorização constante da pressão dos pneus e até a formação da condução dos nossos colaboradores é fundamental. Claro que existe preocupação com a eficiência, mas, em termos operacionais e por razões de segurança, quando as viaturas estão paradas para fazer entrega ou recolha de valores, têm que estar sempre a trabalhar”, esclarece.

O abastecimento de combustível nas principais delegações é sempre feito a partir de depósitos internos. Com isto ganha-se tempo, consegue-se um melhor preço por litro e, claro, segurança na operação: “Já viu uma viatura blindada, parada num posto, a abastecer, com valores no interior? Não! Estão sempre abastecidas e preparadas para prestarem serviço sem qualquer constrangimento.”

“Existe preocupação com a eficiência. Mas, por segurança, quando as viaturas estão paradas para entrega ou recolha de valores têm que estar sempre a trabalhar”

O parque da ESEGUR não é apenas constituído por carros blindados. Dela fazem também parte comerciais ligeiros afetos a áreas transversais da organização.

São viaturas que fazem a manutenção de terminais ATM e as rondas de segurança a instalações, atribuídas aos técnicos dos sistemas eletrónicos e até a supervisores que acompanham qualquer uma destas operações. existem ainda ligeiros de passageiros, essencialmente destinada a quadros da empresa.

Dada a utilização bastante intensiva a que geralmente as viaturas operacionais estão sujeitas, o modelo preconizado é maioritariamente o renting e o período habitual dos contratos é de 48 meses.

A totalidade a frota é movida a gasóleo. Mas a ESEGUR está atenta a outras soluções que possam servir às viaturas operacionais. Sobre tudo isto e muito mais fala Luís Tavares Madeira na edição nº 23 da edição de DEZEMBRO/2014 da FLEET MAGAZINE.