O Mercedes-Benz Classe C já sofreu algumas mutações, mas talvez nenhuma tenha sido tão disruptiva como esta. A station sai beneficiada. E se opiniões são opiniões, a nível de design esta versão station está mais bem conseguida do que a versão berlina.

As linhas continuam fluídas, mas integram também mais sobriedade do que o seu irmão. A Classe C Station é mais convencional, menos distante da versão anterior.

Mas, apesar do seu ar menos estatuário, está maior. Cresce 80 milímetros na distância entre-eixos, que passa agora para os 2840 milímetros. No total, é mais comprida 96 milímetros e mais larga 40 milímetros. Temos agora uma viatura com 4.702 mm de comprimento e 1.810 mm de largura.

mercedes benz classe c
A Classe C está mais comprida 96 milímetros e mais larga 40 milímetros. São os passageiros do banco traseiro que beneficiam mais destas dimensões

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem é que beneficia com este espaço? Os passageiros dos bancos traseiros, agora com mais 45 mm para as pernas e mais espaço para ombros, braços e cabeça. Passando para um dos lugares dianteiros, a posição de condução, um dos grandes activos deste embaixador da marca alemã, continua feita à medida de quem se senta, com uma distância ao solo bem medida e os comandos à mão.

A mala parece espaçosa, mas mais pequena, só levantando o tampo é que poderá ganhar mais um pouco de espaço. Mas tudo isso é percepção. As medidas da marca indicam que estamos com uma disponibilidade máxima de 1.510 litros de carga, ultrapassando a versão anterior em dez litros. Na posição normal, a bagageira está com mais cinco litros (total: 490 litros) que anteriormente.

No entanto a utilização desta secção da carrinha está mais versátil. Se as dobras do banco traseiro tinham que ser feitas em 60:40, podem ser agora em 40:20:40, o que dá mais possibilidades de disposição.

A condução pode ser colocada em quatro modos diferentes, graças à incorporação da suspensão pneumática Airmatic. Existem os modos Sport, Sport +, Confort e Eco, com reflexo na dinâmica da viatura. Conduzimos quase sempre no Confort, o modo mais “normal”, com o (pouco) adornamento que se pode esperar de uma viatura como esta. A passagem para o modo Eco quase não se nota, mesmo a nível de consumos (se a preocupação era essa), mantendo-se o comportamento quase igual. Já no modo Sport, acontece alguma coisa: o carro fica mais rígido, com um ataque à estrada mais imediato, no fundo, um comportamento mais dinâmico. O modo Sport + aprofunda estas sensações.

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Os consumos conseguidos na Classe C ficaram nos 6,1 l/100km, num percurso bastante variado, que incluiu desde trânsito muito condicionado a viagens de auto-estrada durante algumas horas. A marca anuncia 4,5 l/100km.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O motor, de 170 cv, pode não ser o ideal para todos estes regimes mas cumpre perfeitamente para esta carrinha. De facto, é até um dos pontos mais altos da Classe C Station. É um conjunto que funciona bem a praticamente todos os regimes, com alguma genica quando esta é necessária. Um binário de 400 Nm disponível logo às 1.400 rpm torna a condução suave e com a potência muito bem aproveitada. A isto junte-se a caixa automática de sete velocidades, que na nossa experiência foi praticamente irrepreensível em todas as situações.

Quanto a consumos, conseguimos 6,1 l/100km, num percurso bastante variado, que incluiu desde trânsito muito condicionado a viagens de auto-estrada durante algumas horas. A marca anuncia 4,5 l/100km.

É difícil dar um veredicto final que se aplique à totalidade do carro. Há aspectos muito bons, como o motor, a caixa, o conforto ou os consumos. No entanto, a qualidade percepcionada de alguns dos materiais dos interiores não faz jus ao que é o resto do carro e o touchpad requer muita habituação até se tornar aquilo que almeja ser.