Em 2016, o grupo Vendap vai testar uma nova solução para viaturas de uso intensiva e encargosde terminação geralmente elevados

Como acontece na maioria das empresas, também para o Grupo Vendap a operacionalidade das viaturas é um fator crítico.

Principalmente as que executam “trabalho de campo” e que são vitais para a rentabilidade de uma empresa com atuação tão diversa quanto exigente, do ponto de vista da mobilidade e da utilização intensa de algumas viaturas.

Foi para reduzir o risco associado principalmente a uma classe específica de veículos que faz a recolha dos resíduos e limpeza de equipamentos sanitários, que a Vendap decidiu enveredar por um modelo novo de negócio.

Deste modo, espera não apenas reduzir os custos de utilização, como antecipa vantagens futuras após ter sido atingido o tempo previsto de uso destas viaturas.

“Este ano, vamos mudar a estratégia nas viaturas com maior desgaste e com historial de custos de terminação altos”, explica Paulo Viegas, diretor de suporte e compras do grupo português.

“Vamos adquirir em leasing, com contratos de manutenção em gestora ou fabricante. Desta forma, passamos o risco da manutenção para as gestoras (alta quilometragem/ano), retirando o custo dos danos de terminação que, regra geral, para viaturas comerciais com mais de 200 mil quilómetros em 2 ou 3 anos, tem sido um verdadeiro desafio. Desta forma, podemos ficar com as viaturas mais um ano, mesmo que passem para rotas com distâncias menores, a custo significativamente mais baixo”.

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De toda a frota, Paulo Viegas esclarece que a mais “abrasiva” é constituída pelos chassis-cabine que transportam os depósitos e que fazem as rotas de manutenção dos sanitários. Veículos de mercadorias com percursos anuais de 80 a 120 mil quilómetros, que, mesmo com o depósito cheio, têm muitas vezes necessidade de circular em condições complicadas de terreno.

“Como precisamos que a disponibilidade da frota seja 100%”, prossegue, “vamos apostar numa marca que tem modelos com maior cilindrada, mais potentes, logo, com menos paragens previstas para mudanças de embraiagem e transmissões, assegurando maior disponibilidade para as operações.”

Uma vez atingido o tempo previsto de vida útil, estes modelos poderão continuar a suprir necessidades pontuais em épocas de picos de atividade, como no verão, altura de festivais e outros eventos. Mas não só. Sendo viaturas de uso intenso, quando se encontram em revisão ou reparação, não se conseguem viaturas de substituição com as mesmas características”.

“Com a agravante de que teremos de acoplar um depósito de 900 litros e sistema de bombagem ao estrado… é praticamente impossível encontrar uma viatura de substituição com estes requisitos!”

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Leasing reduz riscos de recondicionamentos

Na opinião de Paulo Viegas, o renting é um produto desenhado para viaturas ligeiras de passageiros: “podemos tentar minimizar os danos de terminação de uma viatura comercial mas é difícil controlá-los face às exigências da utilização das nossas viaturas”.

“No passado, fizemos rotação para uniformizar quilometragens, recondicionámos nas nossas oficinas ou em parceiros, mas o renting revelou-se sempre uma solução dispendiosa, devido aos danos de terminação e às exigências das peritagens.”

Por isso, “se o aluguer operacional tem sido um produto utilizado no controlo de custos, permitindo ótima previsão, quando o objetivo é reduzir, há que ‘desconstruir’ o produto e procurar alcançar economias dentro de cada um dos serviços oferecidos”.

Por isso, atualmente, das 130 viaturas ligeiras, só metade está em renting. Quando já foram mais de 120 neste regime.

E sendo 40% da frota de utilização intensiva, Paulo Viegas explica que a solução encontrada para retirar os custos de terminação, nesta fracção, foi o leasing.

“Os serviços de pneus, seguros e até as viaturas de substituição, estão abrangidos pelos respetivos concursos de cada uma destas rubricas para as restantes necessidades da empresa – seguro de equipamentos e frota própria, pneus de todos os equipamentos, etc.”