O número de automóveis ligeiros de passageiros vendidos novos na União Europeia totalizou 15.158.874 unidades, pouco mais de 22 mil carros face a 2017.

Isto apesar da queda generalizada das vendas em dezembro, mês onde se verificou uma contração global de 8,4%.

O aumento pelo quinto ano consecutivo das vendas europeias traduziu-se, contudo, num crescimento do mercado EU28 de apenas 0,1%, com três dos cinco maiores mercados a acumularem perdas:

  • Alemanha: 3.435.778 (‐0.2%)
  • Itália: 1.910.025 (‐3.1%)
  • Reino Unido: 2.367.147 (‐6.8%)

Já França cresceu 3% (2.173.481 unidades) e Espanha demonstrou uma enorme vitalidade e trepou 7% (1.321.438 unidades).

No total, estes cinco mercados valeram quase onze milhões e oitocentas mil unidades, sensivelmente 74% do mercado EU28.

Portugal, recorde-se, obteve um saldo positivo de 2,8%, apesar das quebras registadas nos últimos quatro meses do ano.

Destaque para os valores registados em alguns países do Leste da Europa, nomeadamente a Hungria (17,5%), Polónia (9,4%, é o sétimo mercado a seguir à Bélgica) e Roménia (23,5%).

De igual modo, Holanda (7,1%) e Grécia (17,4%) viram o mercado crescer bastante acima da média europeia.

O sobe e desce de construtores e marcas

O grupo Volkswagen voltou a ser o líder incontestado das vendas europeias e cresceu 0.9%, apesar do ano desastroso da Audi, que perdeu 12,2% das vendas face a 2017.

A marca dos anéis foi mesmo ultrapassada pela Skoda, enquanto a SEAT foi a sigla que mais cresceu (13,3%).

Graças a uma espectacular performance da Opel/Vauxhall (mais 157,3%!), o grupo PSA consolidou a segunda posição no ranking dos construtores e ganhou 32.8%.

Todas as marcas do grupo francês obtiveram resultados positivos, com excepção da DS.

A Renault foi a segunda marca europeia, permitindo ao grupo francês, com o mesmo nome, ocupar a terceira posição europeia.

Apesar deste resultado, a marca Renault perdeu quota de mercado (menos 3,9%), seguramente não por culpa dos valores atingidos em Portugal, país onde foi líder pelo 21.º ano consecutivo.

A Dacia superou pela primeira vez o meio milhão de unidades vendidas no espaço europeu e cresceu 12%. A Alpine, só com um modelo, matriculou 1.795 carros.

Os grupos FCA, BMW, a Ford e a Daimler posicionaram-se nos lugares seguintes da tabela, todos com perdas acumuladas.

A fechar o Top 10 dos construtores, Toyota, Hyundai e Kia obtiveram um saldo positivo no final de 2018.

Enquanto a marca japonesa cresceu 4,7%, Hyundai e Kia expandiram o seu mercado em 3,9% e 4,9%, respectivamente.

Pela negativa, a surpresa pertence à Nissan. Apesar da boa aceitação que o Micra tem tido, a crescente concorrência ao Qahsqai fez a marca perder 14,3% e ser ultrapassada pelas siglas coreanas, não chegando sequer a meio milhão de vendas.

A título de curiosidade, a soma dos valores das duas marcas do grupo Hyundai, que operam de forma independente na Europa, coloca o construtor no quarto lugar da tabela europeia de vendas, logo a seguir à Renault.

A Honda continua a ter dificuldades em impor-se, apesar da juventude do seu modelo mais popular, o Civic.

Este é o ficheiro com a tabela completa de venda de veículos ligeiros de passageiros novos na Europa, por mercado e por marcas automóveis.

http://fleetmagazine.pt/2019/01/03/mercado-automovel-portugal-dezembro-2018/