A ACEA, Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, alertou para os graves problemas que a posição da Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu sobre futuras metas de emissões pode criar para a indústria automóvel.

A associação tem repetido insistentemente que, apesar de toda a indústria estar comprometida na redução das emissões, os níveis exigidos “são totalmente irreais, pois exigiriam uma mudança maciça e brusca para a mobilidade elétrica.

As condições essenciais para tal mudança sísmica claramente não existem, e os consumidores ainda não estão prontos para aderir à operação”, afirmou Erik Jonnaert , secretário geral da ACEA.

Esta associação defende ainda que deve ser o consumidor a decidir qual tecnologia comprar e volta a alertar que a crescente tendência de inversão do gasóleo para os motores a gasolina representa uma ameaça real para futuras reduções de CO2, capaz de afetar a meta imposta para 2021.

Para demonstrar essa evidência criou este folheto explicativo.

“Essa transição deve ser feita em um ritmo administrável”, avisou Erik Jonnaert.

“Isso é vital não apenas para a indústria mas também para os consumidores e para os Estados membros, que vão precisar de trabalhar muito para garantir que a rede de infraestrutura de recarga seja suficiente”.

Ou seja, não basta os construtores produzirem carros elétricos ou eletrificados, é também vital que os estudos acompanhem com incentivos à sua aquisição e desenvolvam infraestruturas que tornem prático e funcional a utilização de um modelos com estas características.

Da parte dos construtores, para reduzir custos e incrementar produção, podem acontecer  alianças ou sinergias entre marcas, não apenas na fase de desenvolvimento de novos produtos como da partilha de tecnologia e componentes.

A posição da Comissão do Meio Ambiente – responsável sobre este dossier – não é representativa de todo o Parlamento Europeu e contrasta fortemente com as posições das outras comissões envolvidas (ITRE e TRAN)