O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa explica como as empresas podem contribuir para a redução geral da sinistralidade rodoviária e o plano da PRP para as ajudar
Responsáveis de empresas e gestores de frotas automóveis são unânimes em considerar a sinistralidade como o fator mais crítico da operação: a imprevisível dos custos, os riscos da operacionalidade e até, em casos mais extremos, a própria imagem da empresa são as consequências mais apontadas.
E não existe melhor forma de os controlar do que reduzir a probabilidade de virem a acontecer.
É precisamente este o objetivo do plano da Prevenção Rodoviária Portuguesa dirigido às empresas, que José Manuel Trigoso, presidente da PRP explica com mais pormenor:
“O que temos para propor às empresas é a elaboração e implementação de um ‘Plano Empresarial de Segurança Rodoviária (PESR)’ que se desenrola em 4 fases. Antes de mais é vital o diagnóstico da situação existente relativa à sinistralidade, aos comportamentos, à organização, aos custos e investimentos, por exemplo. Seguem-se ações concretas sobre a organização, com procedimentos de gestão do risco, motivação e sensibilização dos condutores, análise sistemática dos acidentes, compromisso da gestão e envolvimento dos trabalhadores e monitorização dos resultados, entre outros”.
LER: Sinistralidade: causas e consequências para as empresas
Ações sobre o comportamento, através da identificação das necessidades individuais de formação, motivação para a adoção de comportamentos seguros, promoção do aperfeiçoamento da condução em ambiente real e adequado a cada condutor são os passos que se seguem, sendo essencial “manter uma monitorização das medidas implementadas e dos seus resultados, avaliando o impacto tido na sinistralidade e na evolução das atitudes e dos comportamentos dos utilizadores”.
“Os PESR são soluções “taylor made”, adequadas e desenvolvidas à medida de cada empresa para ir ao encontro das suas necessidades específicas”, conclui José Manuel Trigoso.
Parceria com a Leaseplan
“Como a implementação deste modelo é transversal e passível de ser implementado em qualquer empresa, temos trabalhado com todo o tipo de organizações, independentemente da dimensão ou tipo de veículos da frota.”
Validando esta realidade, a PRP estabeleceu uma parceria com a LeasePlan, que vai ajudar a gestora a implementar o programa SafePlan em Portugal junto dos seus clientes.
Caberá à PRP desenvolver e ministrar ações de formação personalizadas e/ou em modo e-learning, destinadas a melhorar os comportamentos e sensibilizar os condutores para os riscos a que estão expostos durante a condução.
Mostrando dados europeus que indicam que 60% dos acidentes de trabalho de que resultam mortos são acidentes rodoviários, incluindo os acidentes de trajeto para o trabalho – “em Portugal não existem dados fiáveis, mas nada leva a pensar que a situação seja diferente” – José Manuel Trigoso é perentório:
“As consequências dos acidentes são tremendas, quer a nível financeiro (perda de produção, reabilitação, tratamento médico, seguros, etc.) quer a nível humano (físicas, psicológicas e sociais), qualquer delas com resultados muito pesados para as empresas. Por isso, a PRP considera que as empresas podem e devem contribuir para a redução geral da sinistralidade rodoviária. Até porque podem também beneficiar muito diretamente com a redução dessa sinistralidade, ao diminuir os custos, direta ou indiretamente, associados aos seus colaboradores.”