O número de acidentes rodoviários está a aumentar desde o início do ano.

Há também mais mortes nas estradas portuguesas, em relação ao mesmo período de 2016.

Os dados disponibilizados pela ANSR mostram que, até ao final da primeira semana de agosto, registaram-se mais 297 acidentes de viação do que no mesmo período de 2016 e mais 3983 do que em 2015!

Como consequência, 299 pessoas perderam a vida (255 em 2016) – e foram contabilizados 1230 feridos graves, o que pressupõe que a dimensão dos acidentes foi também mais elevada.

As regiões de Lisboa, Porto, Braga e Faro continuam a ser aquelas em que se regista o maior número de acidentes mas, com excepção da capital algarvia, as restantes reduziram o total de sinistros.

Quando se analisa a tabela compilada pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, outro dado salta à vista: no distrito de Santarém, apesar do número de acidentes ser mais reduzido do que, por exemplo, a região de Setúbal, registou-se um número particularmente alto de mortes e de feridos graves.

Em parte, consequência das vias especialmente rápidas que atravessam o distrito ribatejano, como a A1, A23 ou a A13, por exemplo.

A nível nacional, o aumento do número de viaturas em circulação explica, em parte, o crescimento do número de acidentes, bem como o envelhecimento do parque automóvel.

Mas a condução em desrespeito pelas mais elementares regras elementares de segurança rodoviária continua a ser a principal causa dos acidentes rodoviários, bem como a crescente inaptidão de muitos condutores.

Os dados da PSP referentes a acções de fiscalização e às causas dos acidentes confirma-o: o excesso de velocidade, o uso do telemóvel durante a condução, o excesso de álcool e a falta do cinto de segurança ou de sistemas de retenção apropriados para crianças, continuam no topo dos motivos que originam a maioria dos acidentes de viação em Portugal e, já agora, também no resto da Europa.

Como as autoridades fazem questão de lembrar, as condições climatéricas não devem ser apontadas como causa de um acidente, já que é obrigação do condutor adequar a condução do veículo às condições de circulação mais adversas.