Em 2022, o automóvel voltou a ter um contributo importante para as receitas da atividade económica de Portugal.
Na estimativa da ACAP, o automóvel foi responsável pela cobrança de 8,9 mil milhões de euros em impostos, 17,1% das receitas fiscais do Estado português em 2022.
Naturalmente, as maiores receitas fiscais são resultado da cobrança do IVA, quer na aquisição de veículos e peças, como de combustível ou pagamento de portagens, por exemplo.
Só este imposto representou 60% dos 8,9 mil milhões de euros de receita fiscal arrecadada.
Já a implementação das medidas relacionadas com a mitigação do aumento dos preços dos combustíveis gerou uma diminuição da receita do ISP: menos 18,4%, de acordo com o Relatório de Execução Orçamental relativo ao ano de 2022.
Quanto ao IUC, Imposto Único de Circulação, conheceu um aumento de 10% face a 2021.
Em 2022 venderam-se mais carros novos em Portugal, mas o total de registos é 31% inferior ao de 2019
Receitas fiscais gerados pelo Sector Automóvel em 2022 e desempenho da exportação de veículos e componentes
- Receitas fiscais na aquisição de veículos e peças, combustíveis e utilização do automóvel
Em 2022 foram registados mais 179.791 veículos automóveis ligeiros – 156.250 de passageiros e 23.541 de mercadorias — mais 2,5% relativamente a 2021.
Os automóveis elétricos representaram 11,4% das matrículas, cabendo aos híbridos plug-in 10,3% dos registos.
- Volume do negócio de produção e exportação de veículos e componentes automóveis
Dados da ACAP, indicam que, entre janeiro a dezembro de 2022, foram produzidos em Portugal 322.404 veículos ligeiros e pesados, mais 11,2% do que no ano anterior.
Destes, 97,4% tiveram como destino a exportação. A Europa continua a ser o mercado principal dos veículos fabricados em Portugal, com a Alemanha (21,2%), França (13,8%), Itália (12,3%) e Espanha (9,7%) no topo do ranking.
Superando o défice registado nos primeiros cinco meses de 2022 (face ao período homólogo de 2022), a produção de automóveis em Portugal contribuiu com mais de quatro mil milhões de euros para as exportações nacionais, mais 16,2% do que em 2021.
Esta foi a distribuição da produção automóvel nas fábricas nacionais:
A este montante devem acrescentar-se a exportação de peças e componentes que, de acordo com a AFIA, ultrapassaram pela primeira vez os 10 mil milhões de euros, um acréscimo de 7,6 % em relação a 2021.
Espanha, Alemanha, França, Estados Unidos e Reino Unido foram os cinco principais mercados de destino.
