A Ayvens e a BYD unem esforços para, num desafio comum, reforçarem o seu papel na descarbonização das frotas.

As duas empresas reconhecem os múltiplos fatores voláteis que o sector frotista enfrenta, desde a eletrificação até às metas de emissões, passando pelas tarifas sobre os veículos elétricos chineses ou até mesmo pela rápida mudança de regulamentos e incentivos governamentais à aquisição deste tipo de automóveis.

No Orçamento do Estado para 2025, já aprovado na generalidade no Parlamento, não houve qualquer tipo de alteração, por exemplo, no que respeita às taxas de Tributação Autónoma a incidirem sobre veículos elétricos.

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À margem da Fleet Europe Summit, em novembro de 2024, Annie Pin, diretora Comercial da Ayvens, era peremptória: “há muitos fatores que perturbam o nosso mercado. E estão todos a acontecer ao mesmo tempo. É a tempestade perfeita”.

Mas a responsável acredita numa realidade: a da eletrificação automóvel. “Vai ter de acontecer”, diz. “A verdadeira questão é saber a que ritmo e de que forma”.

Para acelerar esta eletrificação agora inevitável, a Ayvens uniu-se à BYD em julho de 2024. Na altura, as empresas assinaram um memorando de entendimento que previa a entrega de mais unidades ligeiras elétricas de passageiros e de mercadorias aos clientes empresariais e retalhistas da Ayvens na Europa. Além dos veículos, este memorando inclui consultoria, alugueres operacionais e serviços de carregamento.

A Ayvens também está a fornecer à BYD soluções white label para PME e clientes de retalho através da rede de concessionários do fabricante, que se continua a expandir também em Portugal.

em fevereiro de 2024 a Arval tornava-se parceira de aluguer white label da BYD da Europa.

Estes acordos com os dois gigantes mundiais do renting são espelho do empenho da BYD na descarbonização das frotas.

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Embora a maioria das grandes empresas tenha agora objectivos ambiciosos em matéria de CSRD, não podem perseguir objectivos ambientais a qualquer preço. Pin aconselhou os gestores de frota a serem ágeis e flexíveis, mantendo mente aberta quanto a iniciativas que possam reduzir tanto os custos como as emissões. Essas iniciativas podem ser a seleção de carros mais pequenos ou ‘menos premium‘, a extensão dos contratos e até a consideração de alugueres de segunda vida.

Para a BYD, a descarbonização da frota requer um ecossistema de eletrificação completo, e não apenas o fornecimento de veículos eléctricos.

“A BYD não é apenas a maior empresa de NEV (veículos de energia nova) do mundo, mas também o maior fabricante de baterias do mundo, pelo que podemos ajudar os clientes a criar armazenamento de baterias e a gerir os seus custos de eletricidade”, disse Stella Li, vice-presidente Executiva da BYD. “Este é o tipo de tecnologia que queremos levar aos nossos clientes de frotas”, acrescentou.

*Com Fleet Europe