“Veículos elétricos ganham preferência nas empresas devido a custos de utilização mais baixos”. Este é um dos destaques dado pela Ayvens no seu Mobility Guide 2023, que analisa de que forma as empresas de diversos países estão preparadas para adotarem veículos elétricos nas suas frotas.
Segundo o Mobility Guide da Ayvens (nova marca de mobilidade global que resulta da união da LeasePlan e da ALD Automotive), e considerando um período de utilização de 48 meses ou 120 mil km, manter um carro elétrico custa às empresas 36 cêntimos/km, ao passo que um veículo a combustão interna custa 53 cêntimos/km.
A Ayvens, que no final de 2022 mantinha uma frota de 62.796 viaturas em renting, apresenta agora as principais conclusões de um estudo que, acredita, fornece elementos essenciais para que os gestores de frota possam implementar processos de transição para a mobilidade elétrica.
O Mobility Guide reúne dados de 46 países, analisando, entre outros indicadores, a percentagem das vendas que os veículos elétricos representam em cada país, a dimensão e a qualidade da infraestrutura de carregamento, os incentivos fiscais existentes, os custos totais de utilização (TCO) comparados com os veículos a combustão interna e a diversidade de modelos disponíveis.
“A questão já não é ‘se’ a eletrificação irá acontecer, mas sim com que rapidez é que esta se concretizará”
Qual a maturidade de Portugal na transição para a adoção da mobilidade elétrica nas empresas?
Segundo o Mobility Guide 2023 da Ayvens, Portugal ocupa a 11.ª posição dos 46 países analisados, com 57 pontos, sendo mesmo líder na categoria dos países “Em Transição”. O top 10, liderado pela Noruega com 81 pontos, seguida da Áustria com 69 pontos e dos Países Baixos com 68 pontos, é categorizado como “Desenvolvido”, indicando uma adesão mais relevante aos veículos 100% elétricos e as condições favoráveis para uma maior eletrificação.
Portugal apresenta mesmo a pontuação máxima no indicador paridade dos Custos Totais de Utilização, o que significa que os veículos elétricos, para as empresas portuguesas, representam custos de utilização inferiores aos veículos a combustão interna de segmento equivalente.
Também no que respeita ao indicador de infraestruturas de carregamento, Portugal apresenta “um crescimento considerável”, refere o relatório, apresentando-se mesmo como um dos países europeus com maior crescimento em 2023, com especial destaque para o número de carregadores rápidos (mais que duplicaram).