A Bosch e a Ceres Power reforçaram a sua parceria no sentido de iniciarem a produção em larga escala de estações de energia distribuídas com base na tecnologia de células a combustível de óxido sólido (SOFC). Até 2024 está previsto um investimento de “centenas de milhões de euros” na tecnologia SOFC, diz a Bosch.
A tecnologia SOFC permite aplicação em pequenas centrais elétricas distribuídas e habilitadas para conectividade, podendo ser usadas em infraestruturas de carregamento de veículos elétricos.
As duas empresas pretendem avançar com o processo de pré-comercialização de células de combustível estacionárias. Para tal, a Bosch adianta que, para sistemas SOFC, prevê uma produção anual de 200 megawatts (o suficiente para abastecer cerca de 400 mil pessoas com eletricidade nos seus domicílios).
https://fleetmagazine.pt/2020/09/24/bosch-automotive-aftermarket/
A Bosch quer tornar-se num fornecedor de sistemas para células de combustível estacionárias com criação de valor próprio
“Vemos a célula de combustível de óxido sólido altamente eficiente como um elemento essencial para um fornecimento de energia sustentável”, diz Christian Fischer, membro do Conselho Administrativo da Bosch responsável pelo sector de Negócios de Energia e Tecnologia de Edifícios.
Os sistemas SOFC são compatíveis com hidrogénio para o sistema de energia do futuro. A Ceres Power desenvolve pilhas e células de combustível de óxido sólido numa colaboração com a Bosch desde 2018. Já a Bosch possui uma licença de tecnologia da Ceres Power desde 2019 e fabrica células de combustível e pilhas internamente. Estes sistemas podem ser operados com biogás ou gás natural ecologicamente correto, sendo compatíveis com hidrogénio.
A Bosch diz que os sistemas SOFC podem garantir suprimentos de energia sustentáveis com emissão zero de óxidos de nitrogénio, partículas e CO2. A célula de combustível de óxido sólido é “claramente superior” a qualquer outro conversor de energia, diz a Bosch. Wilfried Kölscheid, responsável por Células de Combustível Estacionárias na Bosch, diz que dependendo dos requisitos de fornecimento de energia, no futuro, qualquer número de estações com a mesma produção pode ser interconectado. “Essa interconexão cria estações de energia virtuais que trabalham juntas para fornecer energia como e onde for necessária”, diz.
