Um “não acordo” entre a União Europeia e o Reino Unido teria um impacto catastrófico sobre toda a indústria automóvel.
A conclusão não é nova e a todos os títulos evidente, mas a ACEA produziu um relatório que enuncia e quantifica os riscos de tal operação.
“Não há outra indústria que seja mais integrada do que a indústria automóvel europeia, com cadeias de fornecimento e distribuição altamente complexas, que se estendem por toda a Europa, onde a produção depende da entrega ‘just-in-time'”, conclui a Associação Europeia de Construtores Automóveis.
Resumindo:
- 51% de todos os carros exportados construídos no Reino Unido foram comprados por clientes na União Europeia no ano passado;
- Mais de 8 em cada 10 carros de passageiros fabricados no Reino Unido são exportados;
- Menos de 4 dos 10 carros fabricados na UE 27 são exportados (38,3%), com cerca de um terço do total das exportações para o Reino Unido (ou 12,4% da produção total);
- A UE representa 85% das importações de automóveis de passageiros do Reino Unido em volume;
- O Reino Unido é regularmente o segundo maior mercado europeu em volume de matrículas;
- Cerca de 10% das grandes instalações da indústria automóvel europeia estão localizadas no Reino Unido;
- Elas empregam mais de 850 mil trabalhadores, dos quais sensivelmente 10% são oriundos de outros estados da União Europeia;
Estas e outras conclusões fazem parte deste documento síntese do impacto do Brexit sobre a indústria automóvel elaborado pela ACEA.
http://fleetmagazine.pt/2016/07/01/brexit/