Usados escoa

Os canais de escoamento de usados têm sido uma das principais alterações no mercado de usados, dizem alguns operadores ouvidos pela Fleet Magazine.

Se a tendência de criar canais próprios e aproveitar ferramentas online para fazer vendas já começou há alguns anos nas gestoras e rent-a-car, é agora que se começam verdadeiramente a ver os seus frutos. 

Estes operadores, que foram durante muito tempo as principais fontes de abastecimento dos leilões, estão a procurar outros canais de escoamento para os seus usados. A ALD, por exemplo, já tem 53% do total de vendas de veículos usados através do seu canal próprio, o ALD Carmarket. Mesmo uma gestora de menor dimensão, como a Athlon Car Lease, está a pensar desenvolver os seus canais de venda directa ao utilizador e ao cliente final. 

“É um canal que permite maior rendimento”, diz José d’Almeida, da Athlon. “Substituir os intermediários pelos custos fixos das instalações e funcionários facilmente se justifica quando existe volume para tal”. 

“Os canais próprios de vendas de usados surgem com o objetivo de alargarem as nossas opções, permitindo fazer a melhor escolha para cada venda e maximizar o seu valor”, diz Guillaume de Léobardy, da ALD Automotive, que acrescenta que o objectivo é chegar aos 90% das viaturas em final de contrato vendidas por estes canais.

As leiloeiras confirmam a tendência de enveredar por canais próprios. De acordo com dados próprios disponibilizados por esta leiloeira, as gestoras passaram a valer 26% dos carros vendidos em leilão, quando no passado eram 42%. 

“Pela primeira vez na nossa história, já com 16 anos, não são as gestoras de frota que mais alimentam os nossos leilões. Atualmente são as concessões de marca que garantem a maior fatia (30%). As gestoras de frota representam 26%, e os bancos e financeiras 20%“, diz Manuel Assis Teixeira, administrador-delegado da BCA.

Usados: um negócio novo?


Leiloeiras de viaturas usadas apostam em serviços diferencia