Até 2028, os carros elétricos vão representar mais de 50% das vendas na Europa e, em 2035, serão responsáveis por nove em cada dez vendas realizadas.
Estas conclusões resultam de um estudo da Boston Consulting Group (BCG).
Estimativas que, segundo a consultora, confirmam que já foi atingido um ponto de viragem na adoção de veículos elétricos; ponto de viragem esse impulsionado pelas regulamentações europeia (e também americana) destinadas a combater as emissões poluentes. Acresce a isso a mudança estratégica dos fabricantes automóveis e o número recorde de encomendas de elétricos feito durante 2021.
Outros dados do estudo da BCG concluem, a nível global, que:
- Em 2025, os carros elétricos vão representar 20% do mercado de ligeiros novos
- Os automóveis 100% elétricos serão “os mais populares” em 2028, ultrapassando mesmo os tradicionais veículos de combustão e também os híbridos. Em 2035, os elétricos representarão 59% das matrículas novas
Mais de 20% dos carros novos são elétricos ou híbridos plug-in
Em 2035, Estados Unidos e China vão registar quotas de vendas de carros elétricos mais baixas do que na Europa (de 68% e 66%, respetivamente).
Países como a Índia, Brasil e Rússia terão os veículos elétricos a representar apenas 35% das vendas em 2035.
Para a BCG, os sinais enviados pelos governos dos principais mercados contribuirão para estimular a procura por carros elétricos.
Carlos Elavai, Managing Partner da BCG em Portugal, diz que “a pressão sobre os países e sobre a indústria automóvel no âmbito da descarbonização dos transportes e mobilidade vai obrigar a uma aceleração na adoção de veículos elétricos, principalmente a nível privado e, posteriormente, a nível comercial”.
Elavai acrescenta que, para que se assista a uma transição bem-sucedida, os diferentes players do sector (fabricantes de carros e baterias, fornecedores de infraestruturas de carregamento e gestores de redes elétricas) “terão de criar as condições necessárias para conseguir responder à elevada procura”.
Pode consultar a versão completa do estudo da BCG aqui.