A procura de carros elétricos ou híbridos “plug-in” na Europa disparou 42% na primeira metade de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017.

As 195 mil unidades vendidas representam cerca de 2% do total de veículos vendidos na União Europeia, com Portugal ligeiramente acima dessa média e mais do que duplicando os resultados de 2017.

Só unidades 100% elétricas, o nosso mercado registou 1868 carros, mais do dobro dos 729 registos efetuados no mesmo período de 2017 e cerca de seis vezes mais do que as 338 unidades matriculadas de 2016!

Portugal foi assim um dos mercados que mais cresceu a nível europeu: 119%, mais do que Espanha (99%), por exemplo.

Diversos estudos mostram que os cidadãos europeus estão cada vez recetivos à compra de elétricos, mas não é alheio o facto de as maiores taxas de crescimento corresponderem a mercados onde vigoram sistemas de incentivos dados pelos respetivos governos.

O problema é mesmo o facto de os novos testes de WLTP terem vindo aferir valores de emissões mais elevados e autonomias mais reduzidas no modo 100% elétrico, fazendo com que alguns modelos deixassem de ter condições para aceder a esses incentivos.

É o caso da Alemanha, o maior mercado de carros eletrificados, onde alguns modelos de marcas dos grupos Volkswagen e Daimler deixaram de ser comercializados, por terem perdido os benefícios fiscais.

Benefícios que assumem particular importância para as empresas, para quem a redução da pegada de carbono é igualmente uma prioridade, mas a carga fiscal representa uma importante fatia do custo de utilização da viatura.