O Grupo ISQ integra um consórcio para o desenvolvimento e teste de componentes de chassis inovadores a partir de aços avançados de terceira geração e que são mais leves e de elevada resistência.

O projecto “LightChassis” tem a duração de três anos e terá um investimento de mais de 1.3M€.

Conta com a participação da universidade alemã RWTH Aachen University, a empresa alemã Salzgitter Mannesman Forschung, a espanhola Gestamp, a universidade grega de Thessaly e o centro italiano Ricerche FIAT.

“Com a redução do peso do automóvel potencia-se uma redução significativa do consumo e das emissões de CO2, bem como a performance do veículo, em termos de acelerações e recuperações. Uma grande mais-valia para o sector e para o consumidor e no quadro de cada vez maior preocupação com o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas”, refere Pedro Matias, presidente do ISQ.

“Este projeto trará, portanto, grandes vantagens à industria automóvel já que a tendência do futuro – fruto de regulamentações, eficiência e segurança – é produzir componentes para carroçaria e chassis mais leves. Nesse contexto, o objetivo deste projeto é projetar um novo aço, com teor médio de manganês, que será um candidato para substituir os aços usados atualmente no componente do chassi e levar a uma redução adicional de peso”, acrescenta.

O material será projetado utilizando modelação termodinâmica e cinética para ‘escolha manual’ das composições que são candidatas potenciais, levando em conta as propriedades mecânicas e a viabilidade industrial.

“O ISQ fará o estudo de soldabilidade das novas ligas produzidas, bem como a caracterização metalúrgica e mecânica das juntas soldadas. Adicionalmente, será feito um estudo de impacto ambiental, através de metodologias de avaliação do ciclo de vida dos novos aços”, conclui o Presidente do ISQ.

Nesta fase, as ligas metálicas a produzir estão ainda em processo de simulação computacional, para serem selecionadas as que apresentem propriedades mais promissoras não só para a produção de chassis, como de outros componentes utilizados na produção de veículos.

O cluster da indústria automóvel representa 5,6%, do PIB de Portugal, resultado dos quase 11 mil milhões de euros de volume de negócios em 2016 das mais de 900 empresas, segundo um estudo realizado pela Deloitte para a Mobinov – Associação do Cluster Automóvel.

Representa 20% das exportações de bens transacionáveis, 18% do investimento e 27% dos empregos gerados na indústria transformadora nos últimos cinco anos.

No total, emprega perto de 130 mil pessoas.