Por Paulo de Carvalho, Senior Sales Manager, INOSAT

 

Mais do que um cenário futuro, a IoT começa a ser uma realidade que o mercado das frotas deve navegar.

Soluções de comunicação entre veículos e infraestruturas (V2I – vehicle-to-infrastructure), impulsionada pelos gestores de frotas e pelas autoridades locais, podem assim otimizar a cadeia de abastecimento, melhorar o planeamento urbano e contribuir para o rápido desenvolvimento das cidades inteligentes.

Já existe tecnologia para monitorizar acelerações, travagens e outros comportamentos dos motoristas. Agora só precisamos de imaginar como a segurança pode ser melhorada se estas informações fossem combinadas com pontos de dados adicionais dos dispositivos de IoT (Internet of Things).

Os sensores podem, por exemplo, ser utilizados para monitorizar as condições meteorológicas e as condições das estradas, fornecendo informações atualizadas, e em tempo real, sobre eventuais perigos.

Dados que podem ser utilizados para auxiliar os motoristas a evitarem partes da estrada com geada ou outro tipo de condicionamentos. Um aliado dos gestores em processos de conformidade e mitigação de riscos. Além de que as autoridades locais podem usar os dados para avaliar as condições das estradas e definir prioridades de manutenção. Os dados recolhidos pelos sensores podem ainda informar os condutores relativamente ao aumento do trânsito na estrada e ajudar a planear um trajeto melhor, diminuindo o tempo da viagem.

As possibilidades são vastas e estendem-se também ao estacionamento. Tentar encontrar um lugar de estacionamento também será algo do passado, dado que os sensores podem alertar os motoristas quando existirem lugares de estacionamento livres. Menos tempo a encontrar um espaço pode reduzir o tempo de inatividade, diminuir a poluição e o consumo de combustível.

Podem também ser integrados em processos de aprendizagem automática e apoiar as autoridades responsáveis pelo trânsito na calibração dos semáforos de forma mais eficiente, na atribuição de faixas de rodagem e na definição de limites de velocidade variáveis, tudo com base nas exigências do trânsito, das condições meteorológicas e de outros fatores-chave.

Estas são algumas das oportunidades que se desenham para a gestão de frotas comerciais numa cidade inteligente. Mais tecnologia e mais inteligência resultarão, sem dúvida, numa maior eficiência de recursos, maior rentabilidade e maior motivação dos motoristas.

Na cidade romena de Alba Iulia, por exemplo, a implementação de diversos projetos piloto apoiados em sensores, estão a ajudar na gestão do tráfego de veículos e na monitorização da qualidade do ar. Os sensores de imagem colocados em toda a cidade são utilizados para monitorizar o fluxo, o volume e a densidade do tráfego, ajudando os urbanistas a compreender pontos difíceis e específicos para os condutores, servindo como base para futuros projetos de desenvolvimento de infraestruturas.

Em Barcelona, a IoT está a ser utilizada, entre outras aplicações, para o planeamento de rotas e horários dos autocarros da cidade, com base em dados precisos de tempo real.

E em Singapura, muitas instituições municipais estão hoje a usar sensores de IoT para melhorar o desempenho dos transportes públicos, identificar e comunicar lugares de estacionamento livres e fornecer níveis de informação atualizada relativa a níveis de cheias, entre outros cenários.

Estas são algumas das oportunidades que se desenham para a gestão de frotas comerciais numa cidade inteligente.

Mais tecnologia e mais inteligência resultarão, sem dúvida, numa maior eficiência de recursos, maior rentabilidade e maior motivação dos motoristas.