Do My Ami Cargo até à ë-Jumper Hydrogen, a Citroën apresenta-se aos profissionais com uma gama moderna, completa e feita à medida das necessidades de cada um, não esquecendo nunca a transição energética, cada vez mais adotada pelas empresas que procuram, principalmente, soluções 100% elétricas.
Com uma quota de mercado de 8,3% no segmento europeu dos comerciais ligeiros no final de 2022, a gama de comerciais composta pelo Ami Cargo, Berlingo Van, Jumpy e Jumper é um caso de sucesso, representando atualmente cerca de 30% das vendas da marca.
Mas vamos conhecer um pouco mais acerca desta renovada gama, que surge agora com o novo logotipo e identidade Citroën.
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Berlingo Van
Disponível em variantes com dois ou três lugares, o Berlingo Van pode ser configurado em dois comprimentos (M – 4,40 metros e XL – 4,75 metros) para todo o tipo de motores. O volume de carga é de até 4,40 metros cúbicos e a capacidade de carga é de uma tonleada (780 kg na variante 100% elétrica).
Do lado de fora, uma das principais – e mais notórias – mudanças é o logótipo e toda a dianteira, que desde a grelha de radiador (versão térmica) até ao pára-choques e faróis, foi toda revista.
A bordo, o cockpit foi redesenhado e conta agora com um painel de controlo mais ergonómico, um novo ecrã touchscreen de dez polegadas de alta definição e materiais e acabamentos melhorados face à anterior geração. Também o volante é novo e conta agora com botões para controlar o Cruise Control e o sistema áudio do veículo.
Nota ainda para a inclusão dos assentos Advanced Comfort®, imagem da marca francesa e sinónimo de conforto ao volante, agora também num veículo comercial ligeiro, que a tantas horas de condução muitas vezes obriga.
Relativamente à gama de motores ou energias disponíveis, a Citroën oferece o Berlingo Van com soluções a gasolina PureTech 110 cv ou diesel BlueHDi de 100 ou 130 cv. Mas é na versão puramente elétrica que a marca do Grupo Stellantis coloca todas as fichas: o novo ë-Berlingo, que conta com um motor elétrico de 136 cv e binário de 270 Nm. A este motor junta-se no sistema elétrico, uma nova bateria de 50 kWh, capaz de proporcionar até 330 km de condução zero emissões (em ciclo combinado WLTP). Uma distância que, diz a Citroën, pode mesmo ser otimizada graças ao novo sistema de regeneração de travagem, que pode ser ativado e controlado consoante o nível pretendido nas patilhas colocadas estrategicamente atrás do volante.
Equipado com um carregador de bordo de 7,4 kW, o ë-Berlingo Van pode ser montado (como opcional) com um carregador trifásico de 11 kW.
Recorrendo a uma wallbox de 7,4 kW, é possível carregar a bateria por completo em sete horas e meia. Esse tempo pode ser reduzido até cinco horas se o veículo estiver equipado com carregador interno de 11 kW. Num posto rápido de 100 kW, o tempo de carregamento é reduzido até 30 minutos para recarregar a bateria entre os 20 e os 80%.
Quanto a preços, começam nos 25.614 euros (com IVA) para as variantes diesel e nos 28.972 euros (sem IVA) para as versões 100% elétricas.
Jumpy
Um furgão do segmento médio que faz tudo e que se adapta a todas as preferências de combustão ou energia, propondo mesmo soluções “limpas” a hidrogénio ou 100% elétrica.
Disponível em dois comprimentos (M – 4,98 metros e L – 5,33 metros) e em diversos tipos de carroçaria: Van, cinco ou seis lugares, floor cab e Combi nove lugares.
Dependendo da versão, o Jumpy tem um volume de carga de até 6,6 metros cúbicos e uma capacidade de carga até 1.275 kg.
Mais elegante e mais moderno. Assim a Citroën o define. Com nova dianteira e um pára-choques otimizado para proporcionar uma melhor aerodinâmica, o Jumpy equipa faróis dianteiros LED uma nova grelha, que incorpora, tal como no Berlingo Van, a recém-implementada assinatura Citroën.
Do lado de dentro, a eficiência através da conectividade e o painel de controlo mais elegante e prático são os grandes atrativos deste comercial de médias dimensões. Além da existência de variados compartimentos de arrumação a bordo, que tornam o Jumpy numa verdadeira extensão do escritório, é possível ao condutor realizar quase todas as operações com simples comandos no volante, que alberga agora controlos de sistemas de assistência à condução, telefone ou rádio.
A conectividade, acima referida, é assegurada pelo painel de instrumentos 100% digital de dez polegadas e pelo ecrã central, também de dez polegadas, que permite ligação aos sistemas Apple CarPlay e Android Auto. E para garantir que o profissional nunca perde bateria no telemóvel, o Jumpy dispõe de, no pack Comfort, um carregador por indução para smartphone. Este pack inclui ainda entrada keyless na viatura e controlo automático de temperatura a bordo.
No que respeita à gama de motores, esta é composta por unidades diesel BlueHDi de 120, 145 ou 180 cv, por uma variante movida a hidrogénio (FCEV) com uma autonomia de até 400 km e pela versão 100% elétrica: ë-Jumpy 50 kWh, que mantém a mesma potência elétrica do ë-Berlingo Van (136 cv) e o mesmo pack de baterias (50 kWh). A autonomia proposta desta variante zero emissões é de até 224 km – um número que embora pareça pequeno, diz a marca, é adequado para uma empresa que realize entregas diárias num centro urbano. Há, no entanto, uma variante com um maior conjunto de baterias: 75 kWh. Esta versão garante até 350 km de condução zero emissões com uma só carga (mais 20 km do que o registado na anterior geração).
Contém um carregador de bordo de 7,4 kW e pode ser equipado com um carregador trifásico opcional de 11 kW.
Quanto a tempos de carga, são os seguintes:
Wallbox 7,4 kW
- ë-Jumpy 50 kWh: 6h40
- ë-Jumpy 75 kWh: 11h20
Wallbox 11 kW
- ë-Jumpy 50 kWh: 4h50
- ë-Jumpy 75 kWh: 7h30
Recorrendo a um carregador rápido de 100 kW, será possível conseguir carregar 80% da bateria em menos de 45 minutos.
Os preços começam nos 31.820 euros (com IVA) para as variantes térmicas e nos 36.542 euros (sem IVA) nas versões ë-Jumpy.
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Jumper
A carga útil de até duas toneladas é sem dúvida o grande atrativo deste furgão, que oferece aos seus utilizadores equipamento que até aqui estava apenas disponível nos modelos de passageiros da marca.
Do lado de fora, são notórias as mudanças na secção dianteira, que foi redesenhada e conta com um pára-choques e grelha do radiador da mesma cor da carroçaria. Ali naquela secção é possível encontrar também faróis LED mais elegantes e 30% mais eficientes do que os que equipavam a anterior geração Jumper (eram de halogéneo).
Por dentro, destaque para todo o conforto e segurança de condução, agora otimizados e privilegiando a interação do homem com a máquina. Além do cluster 100% digital de sete polegadas (opcional), é possível encontrar um carregador para smartphone sem fios, um espelho retrovisor digital, um sistema de direção elétrica assistida, um travão de estacionamento elétrico, um sistema de acesso e arranque mãos livres, um radar de estacionamento a 360º, Assistência Ativa ao Estacionamento, novas ajudas à condução e Pack Drive Assist, um sistema de assistência à condução de nível 2 que combina o cruise control adaptativo com diferentes funções, todas com o objetivo máximo de apoiar o condutor e garantir, ao mesmo tempo, a sua segurança ao volante.
Também a gama de motores foi renovada, estando agora disponível um bloco diesel de 2,2 litros que pode configurar três níveis de potência (120, 140 e 180 cv), todos associados, de série, a uma caixa manual de seis velocidades. Ainda assim, é possível ao cliente optar por uma caixa de automática de oito velocidades nas variantes de 140 e 180 cv.
Há uma variante 100% elétrica, de nome ë-Jumper, que conta agora com um bloco de 270 cv e binário de 400 Nm. As outrora bem díspares baterias de 37 e de 70 kWh foram substituídas por um único conjunto de 110 kWh, capaz de garantir uma autonomia máxima de até 430 km em ciclo WLTP.
Equipado de série com um carregador de bordo de 11 kW, o ë-Jumper poderá ser equipado com um carregador de 22 kW a partir do final de 2024 (opcional).
Quanto a tempos de carregamento, serão precisos apenas 55 minutos para carregar a bateria até 80% da sua capacidade num posto rápido de 150 kW.
O hidrogénio será uma realidade no novo Jumper, que vai receber um motor a pilha de combustível (hidrogénio) já a partir de junho de 2024.
Por fim, e relativamente à gama de carroçarias, o Citroën Jumper poderá ser configurado com duas distâncias entre eixos (3,45 e 4,04 m), sendo os furgões propostos em três comprimentos (L2, L3 e L4), para um total de seis silhuetas que oferecem entre 10 e 17 metros cúbicos de volume útil.
Considerando ainda as possíveis transformações operadas pelos parceiros da Stellantis neste capítulo, a variante com 4,04 m de distância entre eixos stá igualmente disponível em chassis de cabina simples (L3 ou L4) e em chassis de cabina dulpa (L3 ou L4).
Os preços começam nos 35.244 euros (com IVA) nas versões diesel e nos 50.383 euros (sem IVA) para a versão ë-Jumper.