A Câmara Municipal de Lisboa está a fazer um esforço de redução da sua frota e encara os veículos eléctricos como uma verdadeira opção em relação os combustíveis fósseis, mesmo sendo a aquisição feita em renting.
Entre as formas alternativas de deslocação para os colaboradores, existem já directivas para optarem pelos transportes públicos e um sistema de senhas para táxis. Para deslocações pontuais, as viaturas são colocadas à disposição através de um sistema informal de pool. Muitos cargos deixaram de ter carro atribuído pessoalmente. Neste momento, só os directores municipais e cargos acima desses têm uma viatura só para si.
Mas, ainda assim, a câmara vai tendo 877 veículos, incluindo ligeiros e pesados.
Nas ligeiras, é utilizado o aluguer operacional. Nas viaturas pesadas, opta-se pela aquisição directa, devido à especificidade destas máquinas e longos prazos de utilização.
Neste momento, a autarquia começa até a fazer a aquisição de chassis – substancialmente mais baratos – acoplando-lhe os anteriores equipamentos de volta, já devidamente intervencionados pelas suas próprias oficinas.
“A política da CML visa a racionalização dos meios, que inclui a redução da frota ligeira de passageiros, promovendo a utilização de transportes públicos, e a substituição dos veículos movidos a combustíveis sólidos por outros amigos do ambiente, em particular, utilizando GNC e electricidade”, diz Carlos Ferreira, director do departamento responsável pela frota da CML.
Quanto a propulsões alternativas, a autarquia tem:
– 39 veículos pesados a GNC
– 17 veículos ligeiros de apoio à limpeza urbana
– 5 veículos de passageiros movidos a electricidade
– 2 veículos ligeiros de passageiros bifuel
Nos ligeiros, a estratégia de compra contempla a pesquisa de mercado e o acompanhamento do desenvolvimento tecnológico dos veículos e equipamentos destinados a executar as tarefas diárias que a cidade exige. “Fundamentalmente recorre-se ao concurso público para aquisição directa ou AOV”, explica o director.
Mas o factor essencial é o preço. Depois de lançado o concurso onde se contemplam alguns dos itens pretendidos pela autarquia, ganha a locadora que apresenta a renda mais baixa. E, nesse sentido, a autarquia nem sequer tem preferência pela marca e modelos adquiridos. Simplesmente acolhe aquele que tenha ganho pela renda mais baixa. E é assim que, entre os veículos contratados em AOV, apenas se encontrem dois ou três modelos de ligeiros passageiros – Toyota Avencis e Peugeot 307.
Quanto ao dimensionamento da frota, consideram-se diversos aspectos complementares:
– idade dos veículos
– taxa de imobilização
– qualidade do serviço prestado
– orientações do executivo quanto a novos projectos
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