“Não há carros para entrega”, “há falta de carros”, “não temos carros novos”…

Frases que se ouvem todos os dias e que preocupam quem compra carros nas empresas.

Mas embora haja falta de carros, é possível contornar, ou pelo menos atenuar, esse problema.

Definimos um conjunto de dez estratégias essenciais para os gestores de frota que querem contornar a adversidade e manter a atividade das suas empresas a rolar sem sobressaltos:

1. Estender contratos

Com o tempo de entrega dos carros a poder chegar – em alguns casos – aos 12 meses (ou mais), as empresas devem adiar o remarketing dos seus carros e trabalhar em conjunto com os seus fornecedores de soluções de mobilidade para estenderem os seus contratos até à chegada dos novos carros.

O facto de se estenderem os contratos deverá levar a um corte na renda mensal.

2. Gerir custos de manutenção

Manter veículos por períodos mais longos e aumentar as suas quilometragens implica maior atenção a custos de serviço, manutenção, reparação e até pneus.

Isto significa um maior controlo sobre as despesas à medida que os carros vão ficando mais velhos e menos fiáveis.

3. Permitir encomendas antecipadas

Forneça a sua “lista de compras” aos condutores vários meses antes da altura da substituição do carro (cerca de nove meses).

Desta forma as encomendas dos novos carros podem ser feitas com a devida antecedência.

4. Comunicar com os condutores

Os departamentos de frotas devem estar em constante comunicação com os departamentos de Recursos Humanos.

Esta política de ‘comunicação aberta’ vai permitir aos condutores da empresa saberem como está o processo de compra (atrasos) do próximo carro que vão conduzir.

5. Aumentar o leque de escolha

Diversifique a sua lista de compras.

Ao disponibilizar aos seus condutores um leque mais abrangente de marcas, poderá trabalhar com fornecedores que têm prazos de entrega mais curtos.

6. Ser flexível quanto a especificações

As frotas e os condutores têm de ser mais flexíveis no que respeita às especificações que esperam ver nos carros encomendados, dada a falta de semicondutores forçar alguns fabricantes a descartarem certos “extras” das funcionalidades dos automóveis.

7. Manter os veículos em fim de contrato

Frotas de grandes dimensões estão a optar por manter os veículos que têm em fim de contrato em vez de os devolver às gestoras de frota, mesmo quando chegam os novos carros.

Os carros em fim de contrato podem ser usados em sistema de pool, numa tentativa de substituírem outros veículos que estejam parados em manutenção ou reparação. Poderão ainda servir como ofertas de mobilidade para novos colaboradores até chegarem os carros novos.

8. Não dar baixa de veículos acidentados

Os grandes frotistas têm vindo a desafiar as decisões das seguradoras que anulam, em vez de reparar, veículos acidentados.

Com a crescente falta de componentes mecânicos, as seguradoras afirmam que há um grande número de reparações que não são viáveis economicamente.

Contudo, as frotas precisam de carros, e esperar um ou dois meses por uma reparação faz muito mais sentido do que esperar 12 meses por um carro novo.

9. Planear períodos de pico de trabalho

Pensar com antecedência!

Isto significa que as empresas podem reservar antecipadamente carros de aluguer de curto prazo, ou mesmo mudar o tipo e tamanho de veículos que utilizam com vista a manter o seu staff e mercadorias em trânsito mesmo durante períodos de pico de trabalho.

10. Prever procura em época de falta de carros

Os operadores de frotas terão de olhar para o mercado de uma forma ainda mais proativa tentando, por exemplo, fazer encomendas de carros que poderão ser enviados apenas daí a 18 meses.

Encomendar carros nesta janela temporal implica antecipar a procura e perceber o volume de negócios vindouro, bem como qual o tipo de veículos que será necessário.

Jogar pelo seguro encomendando veículos semelhantes pode restringir o crescimento do negócio.