5.ª e última Parte de um Dossier sobre e-commerce vs distribuição INCLUÍDO na edição 39 da Fleet Magazine

Inteligência artificial

Viaturas elétricas e veículos de duas ou três rodas para acesso aos meios urbanos e distribuição porta a porta já fazem parte de muitas frotas de distribuição.

Contudo, não depende apenas destas empresas a melhoria da qualidade do ar e das condições de tráfego das cidades. Para o desenrolar deste processo, é também vital a contribuição do poder político, do governo central às autoridades municipais.

A estabilidade fiscal é, claro, fundamental para qualquer atividade económica, mas os crescentes condicionamentos à mobilidade, por questões de tráfego rodoviário, com redução da velocidade de circulação, estão a criar novos constrangimentos e a gerar custos acrescidos para muitas empresas de distribuição.

Sendo desejável, mas dificilmente praticável, a criação de vias ou corredores de circulação exclusivos não apenas para transportes públicos, mais fácil e tão importante para a mobilidade terá de ser a ampliação de zonas exclusivas de estacionamento temporário destinadas a cargas e descargas e sua devida fiscalização. Idealmente, com pontos de carregamento elétrico que permitam aos veículos elétricos recuperarem alguma energia durante as operações.

É essencial que autarquias e empresas trabalhem de forma articulada, antecipando e complementando as necessidades de circulação e “arrumando” as cidades de forma a  prepará-las para as novas exigências dos cidadãos.

Se a ambição é tornar mais limpo o ar das zonas urbanas e uma das vias passa por estimular o uso de veículos com menos emissões, também é fundamental criar condições para que as operações decorram de forma mais célere.

Opinião: A inteligência artificial e o futuro da logística e da mobilidade

Com a evolução da tecnologia ligada ao automóvel é possível, cada vez mais, interligar veículos a edifícios, veículos a veículos, veículos a estruturas de sinalização ou controlo de tráfego, etapas que fazem parte de um caminho, como se perspetiva, que conduz à mobilidade autónoma com diferentes tipos de intervenientes.

Mas se o futuro das empresas depende de uma maior e melhor mobilidade, o futuro das cidades depende também de uma circulação segura, tranquila e conveniente
para os seus habitantes.

Por isso, face ao expectável aumento do comércio eletrónico, assim como do pequeno comércio de proximidade, seja para a entrega de bens adquiridos pela internet como para abastecimento destes pequenos negócios, é essencial conceber pequenos centros logísticos de redistribuição, facilmente acessíveis às viaturas das empresas de distribuição e convenientes para os consumidores.

Algo que de forma incipiente já é feito através de “pick-up points” instalados em lojas com outros negócios.

Sinal de que a indústria automóvel está atenta a esta necessidade é o exemplo de marcas, como a Volvo, que anunciaram uma chave eletrónica para o novo XC40.

Esta tecnologia permite a entrega das compras feita pela internet na bagageira da viatura do comprador, através de um processo controlado remotamente pelo proprietário do carro.

Como o comércio eletrónico está a impactar nas frotas (I)

Como o comércio eletrónico está a impactar nas frotas (II)

Como o comércio eletrónico está a impactar nas frotas – Telemetria (III)

Como o comércio eletrónico está a impactar nas frotas – Sinistralidade (IV)