A influência do fator humano é evidente no desgaste da viatura e consequente manutenção, bem como nos prémios de seguro, variáveis importantes no TCO do veículo e consequente depreciação

“A política de frota tem de ser um documento vivo e todos os intervenientes devem estar envolvidos e os dados serem partilhados. Porque aquela parte que está entre o banco da frente e o volante do automóvel tem um impacto muito importante na operação de redução de custos. E o combustível não é tudo, já que o comportamento do condutor contribui para 90% dos acidentes”.

Por isso, intervir sobre a forma como se utiliza o veículo é, para João Tiago Pereira, mentor do primeiro Workshop sobre condução eficiente organizado pela FLEET MAGAZINE, a primeiro caminho que uma organização deve seguir quando o objetivo é a redução dos custos operacionais da sua frota automóvel.

Para que isso seja possível, explica, “é importante ter uma política de frota bem definida, que preveja a penalização dos condutores mas também o seu reconhecimento”, explicou o diretor desta empresa de consultadoria na vertente da condução.

Para sustentar a afirmação, João Tiago Pereira revelou aos participantes da 4.ª Conferência Gestão de Frota realizada em Novembro de 2015 no Hotel Miragem em Cascais, os dados de sucesso de uma empresa na qual ministrou cursos de formação eficiente.

Recorrendo aos valores recolhidos na organização em que prestou formação, o diretor da Top Driving Solutions detalhou a forma como, em primeiro lugar, foram analisados os dados individuais de cada um dos aspetos da condução, para depois ser possível intervir de forma mais concreta e precisa.

“É necessário intervir”, frisa João Pereira, “mas além de estabelecer um plano de intervenção e de atuar é também essencial colocar as pessoas a falar sobre o assunto, não esconder nada, terem acesso aos dados do seu desempenho e até despertar um espirito de competição saudável entre os condutores.”