A ANECRA voltou a reunir os seus associados e convidados na 34.ª Convenção Anual da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, tendo como tema central um assunto transversal a toda a economia e com impacto significativo em todas as áreas relacionadas com o automóvel: a sustentabilidade e os requisitos impostos pelo cumprimento de metas ambientais exigentes.

Numa sala repleta na antiga FIL, em Lisboa, centenas de participantes tiveram a oportunidade de assistir e debater questões importantes como os desafios colocados pela eletrificação do parque automóvel, quer no que se refere ao modelo de negócio de viaturas novas e usadas, como quanto à sua manutenção preditiva e ao recondicionamento em caso de acidente.

E a situação é mesmo ainda mais delicada em caso de sinistro, não apenas por exigir condições suplementares de formação técnica e de segurança quando a falta de profissionais qualificados já é uma realidade transversal a todas as áreas oficinais, mas também porque requer condições extraordinárias às oficinas, quer em equipamento, quer de espaços onde os veículos possam ser intervencionados isoladamente no caso de as baterias terem sofrido danos.

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Como é natural, temas como a Inteligência Artificial e a sua aplicabilidade ao comércio automóvel, a digitalização, os novos modelos de distribuição e a entrada de novos operadores no mercado, também estiveram em debate na Convenção da ANECRA.

E, num momento em que é exigido investimento devido à necessidade de reformular espaços e métodos, a subida da inflação e das taxas de juro são uma pressão acrescida com reflexos diretos sobre os custos de produção, nem sempre possíveis de refletir, na sua totalidade, sobre o cliente final; principalmente clientes que beneficiam de condições especiais na negociação.

No final, a certeza de que o caminho da sustentabilidade, face às incertezas e aos desafios atuais e em perspetiva, não pode – e nem deve – ser dissociado das preocupações com a sustentabilidade da produção e dos negócios, sob risco de gerar fraturas na economia e na sociedade.