frotamerceA Mercer acaba de lançar os resultados de um inquérito sobre a política automóvel de empresas em 2011. O estudo revela que a crise económica motivou a revisão de questões relacionadas com a redução de custos ou com a adopção de políticas ambientais, uma vez que esta é cada vez mais uma questão de peso nas sociedades.

Segundo o estudo bianual da Mercer, o cenário de crise económica levou a que cerca de 60% das empresas portuguesas mostrem tendência para negociar contratos com empresas gasolineiras, de forma a terem combustível a preços inferiores. O Estudo revela ainda que há uma clara intenção das empresas em manter os veículos ao seu serviço durante mais tempo, facto comprovado pela tendência de cada vez serem adquiridas menos viaturas.

Tiago Borges, Sénior Associate da Mercer refere que “Cerca de 47% das empresas que participaram neste estudo indicam que a última vez que reviram a sua política automóvel foi em 2008, daí para cá verificam ajustes, sobretudo devido à crise económica.”

O Inquérito da Mercer permite perceber que as empresas são cada vez mais rígidas no que diz respeito às frotas automóveis. Do total de empresas inquiridas 65% admite que controla totalmente a política automóvel vigente e que a escolha dos veículos é sobretudo da responsabilidade do departamento de Recursos Humanos, do departamento Financeiro ou mesmo do departamento de compras.

Em Portugal cerca de 80% dos empregados não tem possibilidade de escolha do carro de serviço, este número tem tendência a diminuir quanto falamos de cargos de chefia. Os seguros dos carros vêm previamente acordados com as empresas de leasing e a maior parte das empresas, perto de 60%, continua a não permitir que os seus colaboradores possam adquirir as viaturas no final do contrato, sendo estas devolvidas às mesmas empresas de leasing com quem foram inicialmente feitos os contratos.

O inquérito da Mercer reporta ainda para facto de haver um aumento significativo, face ao inquérito de 2008, de empresas que têm preocupações ao nível das emissões de CO2 e que chamam à atenção dos seus funcionários para estas questões ambientais. Seja por razões fiscais ou ambientais, 43% das empresas inquiridas já introduziram medidas que limitam as emissões de CO2 e 33% estão a planear tomar medidas nos próximos dois anos.