Os CTT são a primeira empresa portuguesa a testar o Nissan e-NV200 XL Voltia, uma versão ampliada da variante do comercial e-NV200 mas com motorização elétrica e autonomia para cerca de 200 km.

Transformado à medida do setor postal, nomeadamente para a distribuição de última milha, esta versão XL desenvolvida pela Voltia oferece até 8 m3 de capacidade de carga, graças à extensão da plataforma e tejadilho mais elevado.

https://fleetmagazine.pt/2020/05/07/nissan-e-nv200-xl-voltia-pensado-para-entregas-urbanas/

Na última reportagem dedicada à frota dos CTT, José Coelho, responsável pela mesma, já tinha manifestado a dificuldade em encontrar soluções que satisfizessem algumas necessidades da empresa, face à inexistência, em Portugal, de viaturas sem emissões que correspondessem às necessidades de operacionalidade fomentada pelo aumento do comércio eletrónico e, simultaneamente, cumprissem os padrões de eficiência e segurança que regem a gestão da frota da empresa.

“Este veículo adequa-se à ao contexto atual, com um acréscimo ao nível das encomendas e correio urgente, onde o volume disponível de carga representa uma necessidade diária operacional, com um impacto significativo no serviço ao cliente”, confirma José Coelho, em resposta ao pedido de comentário da Fleet Magazine sobre o resultado dos ensaios que os CTT têm vindo a desenvolver ao modelo em condições reais de utilização.

“Os testes com a nova Nissan e-NV200 XL nos seus serviços, destinam-se a avaliar a potencial incorporação na sua frota de ligeiros de mercadorias, no last mile. Comparativamente às restantes ofertas elétricas disponíveis atualmente, apresenta como fatores de diferenciação não só o volume disponível, cerca de 8m3, como também uma elevada manobrabilidade em circuitos urbanos, essencial não só à circulação, como às paragens e estacionamento, críticas neste tipo de distribuição”, explica o gestor de frota dos CTT.

“A autonomia real superior a 150 kms permite-nos ultrapassar alguns desafios do passado relativos à utilização do veículo elétrico, onde esse factor impactava quer na real utilização, quer no receio assumido pelo condutor de não conseguir efetuar a totalidade do circuito. Num cenário de eletrificação total de um centro de distribuição, o Nissan e-NV200 XL apresenta características que permitem efetuar uma gestão de carregamentos elétricos em função das necessidades, tendo em linha de conta a potência elétrica máxima disponível em local.”

Além da necessidade ou utilidade dos veículos 100% elétricos em centros urbanos ou zonas de zero emissões, outra questão importante prende-se com a redução dos custos, num momento em que todo o setor da distribuição sofre pressões nesse sentido.

“A eventual adoção de uma solução elétrica tem também, naturalmente, em linha de conta, o cálculo do TCO. Mas não apenas nos vetores como um custo de aquisição ou de manutenção competitivos (ou renda se o aluguer operacional de veículos apresentar condições atrativas), ou a baixa imobilização por avaria e manutenção programada. Também constituem fatores determinantes a avaliação da assistência após-venda, com um nível de serviço adequado, com intervenções rápidas e eficientes, onde a disponibilidade de peças sobressalentes não constitua um estrangulamento para o serviço a prestar ao cliente CTT.”

A Nissan e-NV200 XL Voltia, estimam os CTT, permitiria uma diminuição anual de 4.877 kg de CO2 e a poupança de 1.875 litros de combustível, contribuindo, deste modo, para o compromisso assumido pela empresa de redução da sua pegada carbónica.