A Dacia apresenta-se em Portugal como “líder em vendas a clientes particulares”, com perto de 20% dos clientes deste canal a escolherem a marca para as suas necessidades de mobilidade. Mas a Dacia admite estar também a querer impor-se no segmento das empresas
No fim de setembro, a Dacia já tinha matriculado mais de 11.200 carros em Portugal (um crescimento de 69%) e tal deveu-se, principalmente, ao desempenho dos modelos Sandero, Sandero Stepway, Jogger ou Duster equipados com o conjunto ECO-G 100 By Dacia, uma solução Bi-Fuel que combina a praticabilidade e universalidade da gasolina com a economia e a “consciência ambiental” do GPL. [O Spring é o único modelo da marca a não dispor deste tipo de conjunto motor].
E o sucesso desta solução motora está à vista. No final de setembro deste ano, o ECO-G 100 representava mais de 55% das vendas Dacia.
É por isso que o foco da Dacia está, definitivamente, no GPL – uma solução que, diz a marca, pretende ser uma séria alternativa ao diesel junto das empresas, mercado no qual a Dacia está a apostar e se quer focar ainda mais. Quem o diz é José Pedro Neves, diretor-geral da Dacia em Portugal, que garantiu à FLEET MAGAZINE que o mix de vendas da marca se está a alterar.
“O primeiro foco da marca foram os clientes particulares, mas este ano o mix de empresas já ronda os 45% (e estamos quase a atingir os 50%)”, começa por dizer.
Embora assegure que a Dacia não faz distinção de clientes, José Pedro Neves diz que o que a marca tem vindo a verificar é que, ao longo dos 2.º e 3.º trimestres deste ano, as empresas começam a olhar para o GPL como uma melhor alternativa ao diesel, uma vez que esta energia apresenta um Custo Total de Utilização (TCO) mais competitivo do que o gasóleo. E isto não se deve apenas ao custo de aquisição, refere o responsável, mas também a outros fatores que os clientes-empresa têm em conta na hora de optarem por um ligeiro para a sua frota, sejam eles os custos de manutenção mais baixos, o combustível (em Portugal o preço por litro do GPL é, em média, 50% mais baixo do que o preço por litro da gasolina) e até mesmo os valores residuais. “Para o ano, acho mesmo que o mercado das empresas pode ser mais importante para a Dacia até do que o particular”, acrescenta José Pedro Neves, mantendo sempre a ressalva de que a marca não pretende, de maneira alguma, baixar a sua performance no canal particular.
Esta crença da Dacia na penetração do mercado das empresas já é mais do que uma simples crença, é algo que já está delineado e que será cumprido. No entanto, deixámos uma última pergunta ao diretor geral da marca.
Dado que a Dacia ainda não entrou no mercado das empresas como outras marcas, o que é que lhe falta para cair nas boas graças do gestor de frota?
“Primeiro falta ser conhecida. Somos uma marca nova para as empresas e sabemos que se demora tempo a ganhar notoriedade. Além disso, cabe-nos a nós trabalhar melhor o contacto dos profissionais com os carros e tentarmos desmistificar alguns dogmas relacionados com o GPL.
Há um trabalho a fazer, e estamos a fazê-lo com a nossa divisão de frotas e, sinceramente, tem tudo para dar certo!”
Vantagens do GPL para empresas
- Dedução de 50% do IVA na aquisição;
- Dedução de 50% do IVA sobre o abastecimento de GPL;
- A Dacia garante que há uma redução muito significativa e consequente competitividade do TCO (custo de aquisição, ISV, manutenção, combustível e valor residual) face a outras soluções motoras.
4 vantagens da solução Bi-Fuel (GPL + gasolina) da Dacia
- Emite menos 10% de CO2 que um carro convencional a gasolina;
- Até 1.200 km de autonomia;
- 3 anos de garantia;
- Garante até 50% de poupança com combustível.