A constante recolha de informação durante a condução veio lançar novos desafios quanto à importância, tratamento e confidencialidade dos dados que são fornecidos pelos utilizadores dos serviços.
Este facto é particularmente sensível quando as empresas procuram informações pessoais dos seus colaboradores mas principalmente de particulares que utilizam determinado tipo de produtos e serviços que os solicitam.
Será que os clientes estão realmente dispostos a compartilham os dados obtidos? Em caso afirmativo, em que medida? Simplesmente os dados técnicos da condução, ou também relativos à geolocalização e até informações mais pessoais como a agenda e pesquisas na internet, bem como comunicações efetuadas a bordo da viatura, como sms e e-mail?
Para perceber até que ponto e que tipo de informações os condutores estão dispostos a partilharem com os fornecedores do serviço, a consultora McKinsey questionou mais de 3.000 proprietários de veículos e utilizadores de serviços de mobilidade na China, Alemanha e Estados Unidos.
Entre outras questões, a consultora pretendeu saber mais sobre as atitudes dos condutores e as suas preferências, bem como a sua predisposição para usar e pagar por serviços com potencial de utilização de dados pessoais.
O resultado das entrevistas mostra que uma maioria substancial dos compradores de carros e serviços em qualquer destas três regiões parece estar consciente sobre questões de privacidade dos dados e até cada vez mais dispostos a partilhar os seus dados pessoais para certas aplicações.
Este dado é bastante encorajador para os fabricantes automóveis que aposta na condução autónoma que vai depender, em grande medida, da conexão dos automóveis e dos seus utilizadores.
O estudo indica também uma crescente predisposição dos utilizadores para pagarem por aplicações que forneçam serviços de estacionamento, monitorização do uso da viatura e serviços de navegação, comparativamente aos que optam por sistemas gratuitos mas sujeitos à ação de publicidade.