Estacionamento gratuito para veículos elétricos em Lisboa é um incentivo à mobilidade elétrica. EMEL garante mais lugares exclusivos para estes modelos

Quando arrancou o projeto de implementação de postos de carregamento nas 25 cidades que faziam parte da rede nacional de mobilidade elétrica, uma das primeiras preocupações da equipa da EMEL, dirigida por Óscar Rodrigues foi estudar os hábitos de utilização dos pioneiros deste género de veículos.

A par das poucas experiências internacionais que a EMEL foi apreendendo e tentando integrar na capital, a monitorização dos padrões de comportamento eram fundamentais não só para perceber qual a melhor localização dos postos de carregamento como, inclusive, para a criação de medidas que fomentassem a utilização dos veículos 100% elétricos.

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“Ao solicitar a um grupo de cerca de meia centena de particulares e 10 empresas para monitorizar o uso das suas viaturas durante um ano, sentimos que devíamos oferecer algo em troca”, justifica o diretor do departamento de mobilidade e transporte da empresa municipal.

emel distico verde oscar rodrigues“Acrescentámos aos incentivos fiscais oficiais o estacionamento gratuito nos lugares tarifados pela EMEL”, prossegue. “Este princípio resultou na figura do “Distico Verde” que, em 2013, foi incluído no regulamento Municipal”.

Contudo, uma das queixas recorrentes dos utilizadores destas viaturas é o facto de muitos dos lugares com postos de carregamento estarem muitas vezes ocupados por viaturas térmicas e sem sinalização que permita às autoridades intervirem.

Óscar Rodrigues justifica: “num universo de cerca de 45 mil lugares tarifados pela EMEL, existem 550 com postos de carregamento elétrico, alguns dos quais instalados e parques de estacionamento. Quando a intenção é promover a rotação de lugares (o rácio médio de espaços, face ao número de viaturas que circulam diariamente em Lisboa, é de 3:1), faz pouco sentido que se retirem lugares necessários em determinadas zonas da cidade. No entanto, sempre que se justifique, quer pelas informações prestadas pelo nosso corpo de fiscalização, quer pelo feedback dos utilizadores de modelos elétricos, a EMEL, em articulação com a câmara, instala sinalética vertical que torna esse espaço exclusivo para viaturas elétricas”.

No fundo, conclui o responsável pelo plano de mobilidade da cidade de Lisboa, “é fundamental estabelecer um equilíbrio entre a necessidade e a oferta de espaço.”