A União Europeia estabeleceu novas regras para combater as alterações climáticas que obrigam as construtoras automóveis a cumprir um limite médio de emissões CO2 de 95 gramas por quilómetro de toda a frota nova vendida até 2021.
As penalizações pelo incumprimento são de 95 euros por cada grama de CO2 adicional e a PA Consulting Group, consultora com sede em Londres, elaborou um relatório que refere a incapacidade da Volkswagen, BMW, Hyundai/Kia e Jaguar Land Rover para cumprirem tal objetivo.
Porque razão os fabricantes automóveis estão a acelerar a produção de híbridos e elétricos?
Além de penalizar a imagem ecológica destes fabricantes, com base no volume da sua produção anual, poderá representar 100 milhões de euros para a BMW, mais de 300 milhões de euros para a Hyundai-Kia e até 1 bilhão de euros para VW, refere o documento da PA Consulting Group.
Classificando anualmente os fabricantes de automóveis europeus de acordo com seu desempenho em relação a metas de emissão de CO2 da UE, e baseada na evolução registada no período de 2009 a 2014, a consultora elaborou o top 13 dos fabricantes de automóveis:
- PSA
- FCA
- Renault-Nissan
- Toyota
- Ford
- GM
- Hyundai-Kia
- VW
- Volvo
- Daimler
- BMW
- Jaguar Land Rover
O grupo Daimler (Mercedes-Benz, Smart) reduziu o valor médio de emissões com a gama Classe A, com o downsizing dos motores do Classe C e aumentando as vendas de veículos elétricos e híbridos. Até 2021 promete dispor de motores mais eficientes para garantir o cumprimento das metas.
A Hyundai-Kia parece não ser capaz de cumprir uma vez que os motores não são tão eficientes e só tarde mostraram vontade de entrar no mercado dos híbridos e elétricos. Por exemplo, o Kia Soul EV, lançado em 2015, não teve ainda qualquer impacto significativo.
O grupo BMW (BMW, MINI) não tem nenhuma redução significativa das suas emissões de CO2 desde 2013. Os valores elevados de venda de SUV pesados e a pouco expressiva aceitação dos seus modelos híbridos e elétricos mostram que dificilmente atingirá a meta 2021 da UE.
No caso da VW, se o fabricante não inverter a sua trajetória e apostar em motores cada vez mais eficientes poderá falhar o objectivo da UE.
Já a Jaguar/Land Rover, desde que as vendas anuais se mantenham abaixo das 300 mil unidades até 2020 serão menos afetados pelas novas regras europeias.
Após o caso Volkswagen, as autoridades europeias apertaram não apenas o controlon de emissões como as regras da sua aferição, estabelecendo um novo ciclo de ensaios. Atualmente, o ciclo de teste é o Novo Ciclo de Condução Europeu (NEDC), mas após 2017 entrará em vigor o novo procedimento WLTP projetado para representar uma condução mais próxima das condições reais.