Os carros 100% elétricos já são a segunda motorização preferida das empresas portuguesas.
A Ayvens publicou a 5.ª edição do seu estudo Mobilidade 2024 e esta é uma das conclusões ali apresentadas: “o ano passado ficará registado com o ano em que os veículos elétricos 100% elétricos se tornaram na segunda motorização preferida dos portugueses, a seguir aos veículos de gasolina”.
Na manhã em que os responsáveis da Ayvens em Portugal apresentaram os resultados do estudo Mobilidade 2024 à imprensa, a FLEET MAGAZINE teve oportunidade de falar com António Oliveira Martins (AOM), diretor geral da empresa, que confirma que a visão do grupo a longo prazo é a de uma mobilidade zero emissões. AOM acrescenta ainda que, a curto prazo, já em 2026, o grupo Ayvens quer eletrificar 50% da sua frota gerida em renting.
No mercado das empresas, AOM destaca ainda o papel muito importante que a fiscalidade continua a ter na transição energética das frotas. A isso acrescem os compromissos corporativos de sustentabilidade, responsáveis também pelo aumento do interesse das empresas na transição para a mobilidade elétrica.
“A questão não é se vamos transitar para a mobilidade elétrica. É quando vamos transitar para a mobilidade elétrica”
Pedro Luz e Nuno Brito, da Ayvens Consultancy Services, foram os responsáveis pela apresentação das principais conclusões deste estudo Mobilidade 2024. Um estudo que pretende dar a conhecer quais as propulsões mais competitivas para diferentes perfis de utilização.
Numa análise destinada a apoiar os clientes Ayvens na transição para veículos zero emissões, foram considerados variados fatores, como os custos de aquisição do veículo, os gastos com combustível/carregamento ou a tributação aplicada à utilização do veículo, por exemplo.
O estudo refletiu ainda a importância da renovação das frotas na vida das empresas, cada vez mais conscientes do impacto da sua pegada ecológica.
Segundo a Ayvens, as empresas olham para o renting como um serviço que lhes permite acesso a veículos de última geração e, consequentemente, menos poluentes.
Nesta análise, destaque para as principais tendências de mercado verificadas pela gestora:
- De 2022 para 2023, a Ayvens quadruplicou as vendas de carros elétricos;
- Um em cada quatro veículos vendidos pela Ayvens em 2023 é 100% elétrico;
- Quase metade das encomendas em carteira de ligeiros de passageiros da Ayvens são de veículos eletrificados (24% BEV e 26% PHEV)
- Os PHEV registaram um crescimento de 76% na Ayvens, de 2022 para 2023 (em consonância com o verificado no mercado, que apresentou um crescimento de 67% no mesmo período).
Os TCO das frotas aumentaram e 100% elétricos são a propulsão mais competitiva em todos os oito segmentos de VLP (30 mil km/ano)
Relativamente à análise feita aos custos totais de utilização, a Ayvens conclui que, de acordo com um cabaz de mais de 100 veículos distribuídos por cinco segmentos, entre junho de 2022 e dezembro de 2023, os TCO das frotas em geral aumentaram em média 30% – para este resultado contribuíram as taxas de juro, que representam mais de 1/3 deste agravamento.
O facto de ter havido um alívio fiscal em sede de IRC (traduzido na redução das taxas de Tributação Autónoma para ligeiros de passageiros a combustão) não refletiu um acréscimo de competitividade destas motorizações. Pelo contrário, segundo Ricardo Silva, diretor Comercial da Ayvens em Portugal, “o crescimento dos veículos elétricos não é uma moda passageira, mas sim uma tendência que veio para ficar”. Mais de 50% dos clientes Ayvens já estão em transição para a mobilidade elétrica, acrescenta.
“Somos a mesma equipa”
Questionado sobre o recente negócio de aquisição da LeasePlan pela ALD Automotive, e da resultante criação da marca Ayvens, AOM é peremptório: “somos a mesma equipa, as mesmas pessoas, e trazemos um legado que respeitamos e queremos honrar, mas estamos virados para o futuro”.
E fica ainda a promessa, deixada por Ricardo Silva, de que a Ayvens pretende estar na frente do mercado da transição elétrica e ser a empresa de renting cativa de várias marcas; a smart é já um exemplo, “mas haverá outras em breve”, garante o diretor Comercial da gestora.
