Em Portugal, 40% das empresas já têm carros elétricos (pelo menos um) na sua frota.
A Renault (60%) e a Nissan (43%) são as marcas mais consideradas pelos gestores que estão a eletrificar as suas frotas. BMW (27%) completa o pódio das preferências elétricas dos compradores.
São conclusões de um estudo levado a cabo pelo Standvirtual, em parceria com a Marktest, que visa entender o estado das frotas em Portugal e a sua transição energética.
Transição energética essa que está a acelerar nas empresas em Portugal.
Da totalidade das empresas inquiridas pela Marktest, 31% admite ser muito provável vir a adquirir um carro elétrico para a sua frota.
Os baixos consumos e a redução das emissões de carbono figuram no topo da lista das razões pelas quais os gestores procuram carros elétricos. Os benefícios fiscais completam o pódio.
Às empresas que já possuem carros elétricos foi questionado o motivo pelo qual adicionaram um carro elétrico à sua frota.
30% dos gestores considerou a melhoria da autonomia dos elétricos como um fator-chave na hora da transição. Os menores custos de energia (20%) e os benefícios fiscais (11%) surgem logo de seguida na lista de motivos.
Olhando para o universo das empresas inquiridas, a menor autonomia/ansiedade com autonomia continua a ser o principal entrave à transição energética, com 75% das empresas a referirem esta como a principal desvantagem associada a uma frota elétrica.
Também o custo inicial de aquisição e o tempo de carregamento são enunciados pelas empresas como desvantagens associadas a elétricos numa empresa.
Carros elétricos nas empresas: benefícios
Importa salientar os benefícios fiscais mais importantes destinados a apoiar a transição energética das frotas das empresas. Estes incidem sobre:
- Imposto sobre Veículos (ISV)
- Imposto Único de Circulação (IUC)
- Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)
- Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
Os carros exclusivamente elétricos encontram-se isentos do pagamento destes impostos.
Em sede de IRC, destaca-se a isenção quanto à aplicação de Tributações Autónomas, um custo bastante significativo sobretudo no caso de viaturas com valor de aquisição muito elevado.
A depreciação fiscal dedutível sobre o custo de aquisição tem como limite 62.500 euros, montante mais de duas vezes superior ao dos veículos de motor a combustão, cujo limite corresponde a 25 mil euros.
O estudo levado a cabo pela Marktest envolveu 100 entrevistas a empresas com 100 ou mais trabalhadores, com atividade em Portugal Continental, com uma frota composta por pelo menos 5 veículos.
Das 100 empresas inquiridas, 64 tinham até 50 carros na sua frota, 20 tinham entre 50 e 100 carros e 16 tinham mais de 100 carros.