As médias e grandes empresas portuguesas prevêem reduzir em 3% as suas frotas em três anos enquanto as congéneres europeias consideram aumenta-las em 14%. As micro e pequenas empresas nacionais indicam também uma redução de 4% em três anos enquanto as europeias apontam para um crescimento de 10%.
Estas são duas das principais conclusões do Barómetro Corporate Vehicle Observatory 2011 (CVO), um estudo elaborado pela Arval.
Contudo, esta assimetria em relação à dimensão das frotas não se verifica no que diz respeito à pressão dos seus custos. Todas as empresas nacionais inquiridas, assim como as suas congéneres europeias, indicam um aumento da pressão dos custos nas frotas, sendo que em Portugal esta previsão é significativamente mais moderada no segmento das grandes empresas.
Os resultados do Corporate Vehicle Observatory 2011 (CVO Portugal) mantém-se a par da tendência europeia também no que diz respeito à desvalorização do mercado de usados, com 39% dos decisores nacionais a preverem esta redução de valor e apenas 17% a indicarem o inverso.
Relativamente aos métodos de financiamento, o mais utilizado pelas empresas portuguesas na gestão das suas frotas continua a ser o Aluguer Financeiro (46%), enquanto o Aluguer Operacional (AOV) é a opção preferencial das grandes empresas e parece ser a solução mais procurada quando a complexidade de gestão é mais exigente, atingindo 45% de penetração.
Híbridos e Eléctricos com maior potencial
De acordo com o barómetro CVO 2011, 26% das médias e grandes empresas nacionais prevê aumentar o número de veículos híbridos/eléctricos nas suas frotas enquanto apenas 10% das suas congéneres europeias demonstram essa intenção. No entanto, e quando se consideram todos os segmentos, os decisores Portugueses mostram-se alinhados com o resto da Europa.
De salientar ainda que, entre os híbridos e os eléctricos, os portugueses ainda preferem os híbridos com percentagens de 32% para os híbridos e de 6% para os eléctricos, dados relativos às médias e grandes empresas. Uma situação facilmente explicável pelas dúvidas que o mercado ainda demonstra em relação à eficiência dos eléctricos, com 48% das médias e grandes empresas portuguesas a demonstrarem alguma preocupação em relação à capacidade dos eléctricos se adaptarem às suas necessidades ou em relação a possíveis dificuldades em encontrarem oficinas e técnicos com conhecimento sobre este tipo de automóvel, de forma a garantir prováveis reparações ou mesmo uma simples manutenção.
O estudo foi realizado em 15 Países, entre Janeiro de 2011 e Março de 2011, envolveu empresas de todas as indústrias que utilizam veículos corporativos e foram realizadas 4 518 entrevistas telefónicas.