A LeasePlan divulgou as conclusões do seu estudo Motorizações 2.0 e os resultados são claros: as empresas procuram cada vez mais soluções eletrificadas.

Os oito segmentos analisados pelo estudo da LeasePlan representam 86% da frota do mercado de renting (Utilitário, Pequeno Familiar SUV, Pequeno Familiar Generalista, Pequeno Familiar Premium, Médio Familiar Generalista, Médio Familiar Premium, Grande Familiar e Pequeno Furgão).

De acordo com a LeasePlan, “os ganhos de competitividade dos veículos elétricos e Plug-in aumentaram comparativamente ao estudo do ano passado”.

Olhando para os custos de utilização, o estudo da LeasePlan constata que os custos de um veículo 100% elétrico são mais baixos do que os de um diesel equivalente. Impostos, custos de energia e custos com a manutenção estão na base desta competitividade do 100% elétrico.

Segmentos em análise

Considerando os segmentos acima listados, a LeasePlan apresenta as seguintes considerações:

Utilitários

  • Até 25.000 km’s/ano: a oferta a gasolina é mais competitiva
  • A partir dos 25.000 km’s/ano: a propulsão elétrica é a mais competitiva
  • 30.000 km’s/ano: 100% elétrico é 5% mais competitivo em matéria de TCO do que os híbridos

Pequeno Familiar SUV

  • Num dos segmentos em maior crescimento no sector automóvel, a oferta é completa, desde 100% elétricos a motores a combustão. Olhando para o TCO mensal, a gasolina é a versão mais vantajosa para quilometragens inferiores a 15.000 km’s/ano. O diesel surge a partir desse ponto como a opção mais vantajosa

Pequenos Familiares Generalistas

  • Até 15.000 km’s/ano: gasolina é a opção a considerar
  • 20.000 km’s/ano: gasolina, diesel e elétrico encontram-se num ponto de equilíbrio
  • Acima dos 20.000 km’s/ano: O TCO mais vantajoso é o do modelo elétrico

Pequenos Familiares Premium

  • Olhando para este segmento, no qual a oferta de propulsões é completa, o diesel é a opção mais vantajosa até aos 30.000 km’s, destornando assim a opção “gasolina”, que se revelava a mais competitiva em 2018
  • Até 10.000 km’s/ano, diz a LeasePlan, a gasolina pode ser considerada a melhor opção, mas a partir daí e até aos 35.000 km’s/ano, o diesel é a solução mais competitiva
  • Só a partir dos 35.000 km’s/ano é que o elétrico se revela como a solução a ter conta

Médio Familiar

  • O elétrico é o mais competitivo em todas as frentes, exceto entre os 10.000 e os 20.000 km’s/ano, intervalo no qual a gasolina ocupa o lugar de destaque
  • Acima dos 25.000 km’s/ano: as soluções eletrificadas são as mais competitivas

Médio Familiar Premium

  • 100% elétricos e híbridos Plug-in são as versões mais competitivas, independentemente da quilometragem
  • Já nos 30.000 km’s/ano, a diferença de TCO da versão diesel para a versão elétrica são 19% (188 euros mensais)

Grande Familiar Premium

  • Plug-in diesel é a versão mais económica face a todas as outras motorizações e para todas as quilometragens anuais analisadas

Pequenos Furgões

  • Não há soluções híbridas ou híbridas Plug-in, pelo que a propulsão diesel se mantém como a mais competitiva para todas as quilometragens em análise

A procura por soluções eletrificadas

A taxa de penetração dos veículos eletrificados, globalmente, é de apenas 2,2%, diz a LeasePlan. Ainda assim, Portugal apresenta taxas de penetração de 3,3%, o que está bem acima da média europeia de 1,8%.

O Renting

O mercado de renting nacional cresce a olhos vistos no segemento dos veículos eletrificados, diz a LeasePlan. De acordo com a gestora, “o renting tem sido um driver para a transição elétrica”.

Nos últimos três anos, o renting tem privilegiado os veículos 100% elétricos, enquanto no mercado nacional os híbridos Plug-in têm tido a preferência dos consumidores”, diz a LeasePlan.

Incentivos à eletrificação

Para Pedro Pessoa, diretor comercial da LeasePlan, o conjunto de incentivos governamentais para a transição elétrica é um dos fatores que tem aumentado a procura de soluções eletrificadas a nível global.

Diz o responsável da LeasePlan que no caso português, “embora com realidades diferentes para particulares e empresas”, os governos podem desenvolver políticas fiscais que discriminem as soluções eletrificadas de forma positiva.

O diretor comercial da LeasePlan diz que para que a transição seja feita nos particulares, “o incentivo fiscal às empresas pode ser algo a considerar para este mercado, também”.

“Há um aspeto relevante que é o facto das conclusões do estudo diferirem quando se analisa as grandes em comparação com as pequenas e médias empresas, onde a transição para a eletrificação é mais favorável já que nestas não existe grande elasticidade nos descontos das Marcas e a competitividade dos elétricos ganha assim mais relevo”
– Pedro Pessoa

O estudo de Motorizações LeasePlan foi feito junto de empresas com frotas entre os 75 e os 200 carros. Pode consultar o estudo aqui.