O lançamento do novo Audi Q3 terá sido muito esperado, não só porque prometia muitas novidades em termos de design, mas também porque, como a própria marca admitiu na apresentação à imprensa, as vendas da anterior geração precisavam de ganhar algum fôlego.
E as novidades chegaram, entre as quais design mais desportivo, sistemas de assistência e de infotainment, volumetria e motorizações.
A mudança mais visível é no design. O novo Q3 traz linhas mais ligadas à linguagem dos modelos atuais da Audi, com ângulos mais vincados e dimensões superiores.
A maior diferença está no comprimento (+ 96 mm), mas a largura também acaba por crescer 18 mm.
Na altura, acaba por perder 5 mm, o que faz com que o novo Q3 tenha um aspeto mais desportivo e venha a ganhar mais espaço a bordo. Neste campo, o ocupante do lugar dianteiro ganha 35 mm entre os joelhos e o tablier e mais 34 mm de largura no banco.
Atrás, conseguem-se mais 42 mm de largura no total dos lugares e 7 mm de altura. Em condução real, o que se nota com estas alterações é que a posição de condução acaba por ficar mais baixa, uma vantagem para quem não gosta de conduzir como se de um comercial ligeiro se tratasse.
A bagageira fica com mais 70 litros, agora com 530 no dia-a-dia, mas 1.250 litros totalmente rebatidos. Este compartimento ganha ainda mais devido a um sistema de regulação longitudinal, que pode trazer os bancos traseiros 150mm para diante.
Nesse caso, o compartimento de bagagem fica com 620 litros de capacidade. E, com o rebatimento em 40/20/40 é possível chegar aos 675 litros.
Quanto a conectividade, o novo Q3 traz sistemas colocados em modelos superiores. Tudo gira à volta do écran MMI touch de vidro preto de alto brilho, mas também existe um painel de instrumentos digital com um écran de 10,25” e os comandos do ar mais em baixo.
As motorizações disponíveis são uma a gasolina – o 1.5 TFSI de 150 cv – com consumo previsto de 6,7-7,5 l/100km e emissões de CO2 de 156-176 g/km com a norma WLTP.
O diesel é o conhecidíssimo 2.0 TDI de tração dianteira e transmissão S tronic com 7 velocidades. O consumo combinado é de 7,0-7,5 l/100 km e as emissões de CO2 são de 183-197 g/km.
O testado pela FLEET MAGAZINE foi precisamente o gasolina com a caixa automática S tronic. Para quem está habituado a conduzir praticamente toda a linha da Audi com o 2.0 TDI, conjunto motor e caixa irrepreensíveis, este 1.5 litros é bem diferente e, da nossa experiência, com mais defeitos.
Em primeiro lugar, o próprio comportamento do motor revela aquilo de que é feito. Esta volumetria mais reduzida fica bem acusada quando se pretende tirar algo mais do Q3, sobretudo quando as situações de condução exigiriam mais binário.
Por outro lado, a ligação com a caixa S tronic parece também não ser tão feliz, deixando ver claramente uma diferença muito grande, tanto em relação à sua utilização no 1.0 TFSI como no já falado 2.0 TDI, onde a ligação é umbilical.
E, depois, os consumos. Viaturas com esta configuração não são propriamente as mais poupadas nos consumos, dada a sua aerodinâmica e peso. No caso deste modelo ensaiado, o que conseguimos foi 8,2 l/100km em percurso misto.
No final, o Audi Q3 chega com alguns predicados novos, claramente beneficiado em termos tecnológicos, de espaço e de design. Ainda assim, poderia ter ido um pouco mais longe no conjunto. E, sobre este motor 1.5 TFSI, mesmo com os seus 150 cv, fica longe dos resultados que se conseguem com o 2.0 TDI.
Ficha de Produto: Preço, rendas, consumo e motor
- Preço:
46.675 Euros*
- Rendas:
737,32 €/mês (36m)*
715,14 €/mês (48m)*
- Consumo médio e emissões:
6,7-7,5 l / 100Km / 158 gCO2/km*
- Dados do Motor:
4 / 1.458 cc (gasolina)
150 / 5.000 cv/rpm
250 / 2.500 Nm/rpm