Gestão competente de energia

Esta versão híbrida plug-in do Série 3 partilha a mesma solução mecânica e garante a mesma eficiência de consumos do 330e. Com preço mais acessível e embora disponha de menos 88 cv, a agilidade e o prazer de condução de um BMW continuam a estar presentes no 320e.

Embora mantenha versões a gasóleo na gama, o BMW 320e é solução para quem procura eficiência e preço equiparáveis ao diesel: com menos fogosidade do que o 330e (e sem dispor da função XtraBoost, aquele “toque de magia” elétrica que fornece um extra momentâneo de potência), não chega a dois segundos o tempo que perde em aceleração do 0 aos 100 km/h e a diferença do limite da velocidade máxima é de apenas 5 km/h.

Com extraordinária importância para as empresas, como o BMW 330e, que conquistou o troféu “Carro de Empresa” na última edição dos Prémios Fleet Magazine, o 320e mantém os requisitos de autonomia e de emissões necessários para as empresas beneficiarem de vantagens fiscais, como dedução do IVA, 10% de Tributação Autónoma e depreciação total do respetivo custo de aquisição.

BMW 320e

Eficiência híbrida

A solução mecânica partilhada com o 330e varia na potência do motor de 2,0 litros a gasolina: 163 em vez de 184 cv. Quanto ao restante, a eletrificação é assegurada pelo mesmo motor elétrico de 83 kW (113 cv), alimentado por uma bateria de 12 kWh (10,8 kWh utilizados), mantendo também tração traseira e transmissão automática de oito velocidades.

No final, e sem exagerar muito na condução, ambos podem conseguir níveis de eficiência de consumo muito parecidos, uma vez que são exemplo da forma de como gerir um sistema híbrido, após esgotada a capacidade inicial da bateria. Ao fim de quase 800 km de ensaio, e com uma única carga completa da bateria, o BMW 320e marcava um consumo médio de 5,6 litros de gasolina, em grande medida porque foi possível circular, em modo 100% elétrico, quase 180 dos 773 km percorridos.

É importante referir que estes valores são atingíveis sabendo dosear de forma correta o pedal do acelerador e rentabilizar bem a capacidade para recuperar energia em andamento. E os 1 ou 2% de energia recuperados pela bateria foram permitindo que se rolasse várias vezes mais meia dúzia de quiómetros em velocidade de cruzeiro só em modo elétrico, sem que para isso tivesse sido ativado o modo SAVE que preserva parte da carga da bateria.

Ou seja, se com a bateria carregada é possível conduzir 50 quilómetros usando apenas o motor elétrico, depois disso, o consumo de gasolina pode manter-se baixo e deixar conduzir longas distâncias sem necessidade de atestar. Apesar do depósito só ter capacidade para 40 litros de combustível.

A velocidade de carregamento da bateria do BMW 320e é a habitual dos modelos híbridos: 3,7 kW, o que significa que precisa de quase quatro horas para reabastecer de energia (a BMW anuncia 2,6 horas para recuperar 80% da bateria através da sua wallbox).

Colocá-lo à carga num posto rápido não vai acelerar o processo e, se for a pagar, a quantidade de energia suficiente para sensivelmente 50 km de autonomia arrisca-se a ficar mais cara do que a gasolina necessária para poder percorrer a mesma distância.

Impressões

O prazer de condução e a agilidade ao longo de percursos mais sinuosos não foram afetados pelo aumento de peso proveniente da bateria e do motor elétrico. Se bem que a unidade ensaiada estivesse equipada com um pack que incluía uma suspensão desportiva adaptativa com papel ativo sobre o seu desempenho.

O motor elétrico e a bateria obrigam a reduzir de 480 para 375 litros o espaço da bagageira. Além destes 105 litros a menos e dos comandos e de informação relacionados com o sistema híbrido (o BMW ConnectedDrive passa a fornecer dados sobre o estado da bateria e do carregamento), o interior é praticamente idêntico ao das restantes versões.

No exterior as alterações são ainda menos visíveis e não vão além da porta de acesso à tomada de carregamento instalada no guarda-lamas dianteiro esquerdo e do símbolo que identifica a versão.