Competência fiscal

Elegância e luxo ao melhor preço. Na gama esta é a versão com os custos de utilização mais baixos. Isto, claro, desde que se faça o melhor aproveitamento do potencial eletrificado e se usufrua dos benefícios fiscais associados aos “plug-in”.

Com muitas frotas, sobretudo de empresas multinacionais, a abandonarem soluções a gasóleo por razões de imagem ambiental, não é de admirar que a grande maioria dos carros 100% elétricos e híbridos plug-in vendidos em Portugal tenham como destino as empresas.

Alavancados nos benefícios fiscais associados a estes veículos e no facto de muitas gestoras de frota estarem a propor rendas semelhantes entre viaturas diesel e plug-in equiparáveis, os últimos surgem como a solução sempre que as questões de liberdade de autonomia ainda se coloca; porque mesmo depois de esgotada a bateria, o carro vai continuar a poder deslocar-se com a ajuda do motor de combustão.

Apesar da oferta de modelos PHEV estar a crescer, as opções ainda são limitadas. E limitada significa também uma menor competitividade de preços, pelo que o surgimento de soluções como esta adquire interesse quando a questão dos custos é uma preocupação.

E, no caso deste BMW 520e, o preço para empresas fica abaixo dos 50 mil euros, sem IVA incluído.

https://fleetmagazine.pt/2021/09/17/bmw-points/

O que se ganha?

Como no 320e, o 520e utiliza uma versão menos potente do motor a gasolina de 2.0 litros. A diferença de potência resulta em 204 cv, em vez dos 292 cv prometidos pelo 530e, já que ambos partilham o mesmo sistema eletrificado.

Para quem a potência é importante e um plug-in é um modo fiscalmente interessante de obtê-la, as principais diferenças dinâmicas entre as duas versões são estas: uma muito ligeira redução da velocidade máxima e o 520e demora mais dois segundos para acelerar dos 0 aos 100 km/h.

Consumos e autonomia são idênticos, com a BMW a assegurar que o 520e pode circular, sem emissões, durante pelo menos 53 km com a bateria completamente carregada. O que não parece nada fácil de atingir, muito por causa das quase duas toneladas que este carro pesa.

bmw 520e

Impressões

À exceção da diferença de potência, os pergaminhos BMW continuam presentes.

Com tração traseira e caixa automática de oito velocidades, os níveis de condução e de conforto são equivalentes a qualquer outra versão da gama, inclusive a postura ao volante.

A funcionar em modo elétrico ou híbrido, com a bateria carregada, o binário surge de forma muito linear e não convida a grandes acelerações.

Esgotada a capacidade da bateria é possível continuar a circular em modo híbrido e até recuperar alguma energia elétrica, que pode ser utilizada de forma inteligente para os momentos de arranque ou para circular a baixa velocidade.

A boa gestão deste potencial é importante para obter as melhores médias de consumo nas viagens mais longas em que não existe possibilidade de carregamento.

Também é possível colocar o motor a produzir energia, para poder aceder a áreas de “emissões zero” após uma viagem.

Há até uma tecnologia “inteligente” que reconhece quando o carro entra numa área exclusiva a veículos sem emissões; quando isso acontece, o motor a gasolina é automaticamente desligado e passa a circular apenas em modo elétrico.

O 520e perde cerca de 120 litros de bagageira, em comparação com as versões a gasolina ou a gasóleo (total de 410 litros).

A potência máxima de carregamento em corrente alterna é baixa: 3,7 kW. Por isso precisa de 3,6 a seis horas para carregar, dependendo da capacidade da tomada à qual estiver ligado.

bmw 520e