Prático e familiar
O X1 é a resposta aos que procuram um BMW acessível e mais familiar, mas com características e uma imagem diferentes do monovolume 216d Active Tourer. Atualizado este ano, alinhou o visual e melhorou nos domínios da qualidade e da eficiência.
“X” corresponde na marca alemã a uma linhagem de modelos com características SUV, o segmento com maior expansão no mercado europeu. É também aquele que tem recebido mais versões elétricas e “plug-in”, uma vez que se torna mais fácil alojar baterias e reduzir o preço, sobretudo para empresas, por força das vantagens fiscais em vigor.
É o que atualmente acontece com o X1, colocando tanto a versão ensaiada como a xDrive 25e (PHEV) abaixo dos 35 mil euros.
Agora, como se diz, é fazer as contas. Ao IVA do gasóleo da versão ensaiada, com garantia de consumos mais “controláveis”, ou aos 10% de Tributação Autónoma do plug-in, onde o não aproveitamento da bateria e consequente descontrolo dos consumos (de gasolina), podem deitar por terra o esforço de contenção do TCO.
A versão a ensaio é, digamos, mais “convencional”. Dotado de um pequeno motor a gasóleo com três cilindros e 116 cv, o mesmo que serve nas gamas inferiores da BMW e ainda na MINI, este é o X1 com o preço mais acessível e também o mais económico em matéria de consumos. Sem que a fraca potência do motor retire imponência à nova grelha que passou a ostentar.
https://fleetmagazine.pt/2020/05/29/novo-bmw-serie-5/
Este X1 16d dirige-se aos que valorizam a imagem e apreciam o lado prático de um modelo mais multifacetado do que uma berlina, sem comprometer o lado racional das contas. Ora se esta versão não promete uma dinâmica capaz de elevar a adrenalina de quem a conduz, por outro, mostra-se capaz de assegurar uma condução suficientemente descontraída e nada indolente, com consumos bastante controlados.
No mais é um BMW, com a qualidade e funcionalidade melhoradas face à geração anterior, sobretudo na perceção da primeira, apesar de, aqui e ali, soarem revestimentos plásticos de qualidade menos boa. Sem perder muito o interior onservador ou evidenciar em demasia a tecnologia disponível, os que privilegiam o lado prático e descomplicado dos comandos e funções reconhecerão nisso uma vantagem. O que importa realmente é que a nova plataforma e a tração dianteira vieram dar mais espaço ao interior, que se complementa com assentos dianteiros com bom apoio e visibilidade, espaço traseiro suficiente e uma bagageira de bom acesso, com 505 litros de capacidade e piso duplo.
Impressões
A tração às rodas dianteiras dá ao X1 a condução de uma berlina. Para quem gosta é mesmo possível conduzi-lo em posição mais rebaixada do que é habitual neste género de carro, apesar de os 18 cm a que a plataforma fica do solo impedirem maiores sensações dinâmicas. Porém, o maior prazer da sua condução advém do modo descomprometido e eficiente com que se deixa dirigir em cidade ou em estrada. Em qualquer dos casos revela um interior bem insonorizado e, sobretudo, uma eficiência que merece realçar, já que, ao longo do ensaio, o computador de bordo foi registando médias ente os 4,7 litros em estrada e os 5,8 litros em cidade.