O BMW X1 não deve ser confundido com o iX1, a variante 100% elétrica. Com mecânica mais “tradicional”, esta versão diesel continua a ser a opção mais económica para quem procura um SUV da marca da Baviera

Os motores a gasóleo podem ter os dias contados e estarem a perder espaço no mercado europeu, mas quem necessita ou aprecia viajar sem preocupações de autonomia, ou estar dependente da existência de postos de carregamento ao longo do percurso, as versões diesel continuam a ser a opção mais realista nesta tipologia de veículo. Sobretudo para tiradas mais longas.

Por isso, embora a gama X1 inclua versões a gasolina e até um híbrido plug-in, este X1 sDrive 18d pode bem ser, a longo prazo, a solução mais económica para os condutores que acumulam quilómetros de estrada. Ainda que para as empresas e dependendo da utilização dada ao veículo, os benefícios fiscais associados à versão plug-in poderem ser uma opção mais vantajosa em termos de custos totais de utilização.

Maior do que o antecessor, permanece como o SUV mais compacto da marca, tendo como concorrentes óbvios outros de marcas premium, como o Volvo XC40 ou o MB GLA.

Aparentando ser um produto conservador em termos de linhas e de arquitetura exterior, esta sobriedade é quebrada com um interior onde impera a atual tendência minimalista de painéis de bordo que obrigam o condutor a partir à descoberta de determinadas funções. Como no BMW Série 2 Active Tourer, com quem partilha plataforma e alguns motores, torna-se essencial a aprendizagem prévia da forma de acesso a algumas funcionalidades que foram transferidas para o painel digital central.

É a partir deste ponto nevrálgico que se acede à tecnologia mais atual e desejada, que está ou não presente dependendo do nível de equipamento ou das opções escolhidas. Nomeadamente aquela que torna a condução mais fácil e segura e, neste aspeto, quer os comandos situados na coluna central entre os bancos da frente, quer o sistema de comandos de voz para alguns aplicativos, desempenham um papel bastante importante.

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Impressões

Com uma silhueta compacta, não é de imediato óbvio o facto de os 4,5 metros de comprimento do BMW X1 garantirem um habitáculo mais espaçoso do que se consegue antever. Se a qualidade interior é muito mais evidente, os bancos traseiros deslizantes (um opcional que custa 420 euros) e uma posição de condução que pode elevar-se bastante, contribuem para uma agradável sensação de espaço e de conforto. E por causa dos 13 cm de movimento dos bancos traseiros, a ergonomia da mala torna-se variável, sendo que o valor médio, sem esta opção, é de 540 litros.

A afinação da suspensão transmite flexibilidade à utilização a este X1. A circunstância da unidade testada conter suspensão adaptativa influencia naturalmente o julgamento mas, apesar das jantes de 19 polegadas com que estava equipado, o trabalho de amortecimento, essencial ao conforto, não coloca em causa o desempenho em curva ou a estabilidade.

Quanto ao motor, esta que é a versão menos potente da unidade de 2,0 litros (150 cv) denuncia a vocação familiar da unidade. Apesar do bom trabalho da suspensão, este X1 não chega a ser suficientemente dinâmico para poder reivindicar um comportamento desportivo. E nem parece ser essa a sua intenção.

Quanto a consumos, embora a viatura testada mostrasse um consumo médio perto dos 6,5 litros em percursos efetuados antes do ensaio da FLEET MAGAZINE, após quase 400 km de condução que realizamos em estrada o computador de bordo assinalou apenas 4,8 litros.

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