Revolução musculada

Com o novo C4 a Citroën reinventou-se e regressou à essência de marca renovadora, dando luz às exigências mais atuais de conectividade, segurança e eletrificação.

O ADN genético do C4 assinala cromossomas de SUV (do lado prático) e de coupé (da parentalidade dinâmica), cocktail de estilos identitários que o tornam diferente no panorama clássico dos familiares do segmento C.

Se isto joga a seu favor, o tempo o dirá.

Mas é inegável que pretende agradar a quem não tem receio de mostrar que aprecia a diferença, ainda que, no fundo, continue a privilegiar e dar valor ao lado prático e cómodo da condução.

Não se pode então dizer que lhe falte personalidade.

E a conjugação dos dois aspetos, SUV e coupé, parece mesmo ser uma nova tendência apelativa para os consumidores europeus que privilegiam o design, mas não estão dispostos a sacrificar o desempenho ou o conforto que oferecem modelos mais familiares.

No que toca ao conforto, a Citroën puxa bem dos seus galões e faz uso da suspensão de batentes hidráulicos progressivos, que tão boa conta dá de si no SUV C5 Aircross.

Repete a fórmula no novo C4, com um desempenho bastante melhor do que no anterior C4 Cactus; mas o acolchoamento mais macio dos bancos com design próprio da marca ajudam também a amortecer as irregularidades da estrada e dão melhor apoio a quem neles se instala, incluindo nos lugares traseiros.

A capacidade da mala mantém-se nos 380 litros.

https://fleetmagazine.pt/2021/10/29/citroen-e-berlingo-van/

Carregamento rápido

Um foco de interesse da nova gama C4 reside nesta versão 100% elétrica que, entre outros benefícios para empresas, permite a dedução do IVA e está isento de Tributação Autónoma.

Com tração dianteira, o Citroën ë-C4 distingue-se claramente das versões térmicas: é mais prático e confortável de conduzir, tem um desempenho mais equilibrado em estrada e, naturalmente, é o mais eficiente em termos energéticos.

A solução elétrica do Citroën ë-C4 é igual à de alguns outros modelos do grupo PSA: a bateria de 50 kWh garante facilmente mais de 300 km de autonomia se não exagerarmos na condução (o consumo médio realizado no ensaio foi de 15 kWh/100 km) e admite carregamento rápido de 100 kW.

Vários modos de condução atuam sobre o consumo e capacidade de recuperação de energia.

Impressões

Num mundo que deseja, mas que também tantas vezes estranha, a ousadia de querer ser diferente, o Citroën ë-C4 tem o mérito de desafiar os sentidos.

Personalizado e com muitas possibilidades de personalização, é dominado pela tecnologia, com destaque para a que contribui para a segurança: há 20 sistemas de ajuda à condução, incluindo um de condução semiautónoma de nível 2.

Dispõe até de um sistema de suporte integrado no tablier, para permitir instalar um tablet através de capas próprias para o efeito.