A história conta-se em poucas palavras: a Citroën quis fazer um carro revolucionário, que fizesse reviver o espírito vanguardista da marca, e criou o DS5.

Um carro com aspetos interessantes que, como é paradigma na sua história, continha pormenores revolucionários e avançados, como a tecnologia híbrida e uma suspensão realmente à altura do verdadeiro e único DS.

Gostou tanto da ideia, que acabou por decidir autonomizar a marca DS (retirando-lhe o “Citroën” da designação) para criar uma gama que começava no C3, perdão, DS3, continuava no DS4 (tornando o Citroën C4 verdadeiramente interessante, fazendo ainda o único DS realmente ajustado) e acabava numa versão revista e suavizada do primeiro DS5.

Como em algumas histórias, depois chegou a moda dos SUV e o mercado chinês, ávido de carros grandes e vistosos, e o grupo PSA criou o DS7 Crossover.

De facto, se há algo em que este carro é desde logo um ganhador, é a dar nas vistas. Um Stelvio à francesa, com a diferença de que, da Alfa Romeo, já muita coisa se pode esperar em matéria de linhas capazes de prenderem à atenção pelas melhores e piores razões.

Quando se entra a bordo do DS7 Crossover, a primeira coisa que impressiona é a qualidade elevada dos revestimentos, a profusão e disposição dos botões e, depois de pressionado o botão de arranque, um relógio evocativo de outros tempos para nos lembrar que já estamos atrasados.

Há ainda um filme que se abre ao nosso olhar, que é como quem diz, um painel de bordo digital personalizado que, por o ser, vai desenhando traços com requinte até estabilizar nas informações que selecionámos antecipadamente.

De calças arregaçadas

Conduzir este carro é um misto de sensações.

Até nos habituarmos aos comandos vai demorar um pouco mas, afinal, não são assim tão estranhos; a visibilidade também não é má e ai de quem se queixe da posição de condução, principalmente depois de ligado o sistema de massagens, com cinco tipos à escolha, que vão do fundo das costas até aos ombros.

Mas depois de ter conduzido o Peugeot 3008 e devorado umas boas centenas de quilómetros de estrada, chegando ao fim com vontade para continuar, é caso para perguntar que alterações fizeram na plataforma que é comum a ambos, para fazer o DS7 Crossover parecer que tem as calças arregaçadas e os sapatos calçados ao contrário?!

É que a vontade de fazer um carro confortável – e não há maneira de lhe retirar tamanho “conforto”, nem sequer selecionado o modo mais desportivo -, faz com balancemos, ora para a esquerda, ora para a direita, sempre que o dirigimos por qualquer estrada mais irregular.

Impressões

Está visto que o DS7 Crossover foi um carro afinado em boas estradas.

Porque sobre piso liso e com velocidade todas as piores impressões desaparecem, podendo enfim apreciar a voluntariedade do motor de 180 cv que, sem espantar em termos de rapidez por causa de uma transmissão automática algo preguiçosa, claramente não assusta em matéria de consumos.

Caixa de velocidades que cumpre o seu papel de garantir conforto e, se há coisa realmente brilhante neste carro, é a câmara de visão noturna apoiada por infravermelhos que, volta e meia, por exemplo numa passadeira, nos brinda com um filme a preto e branco no painel de bordo, alertando para a eminência ou passagem de seres vivos à frente do carro.

Tudo a bem, claro, da segurança, havendo até tecnologia que monitoriza sinais de cansaço ou distração do condutor, para o alertar visual e sonoramente caso se justifique.

Ficha de Produto: Preço, rendas, consumo e motor

  • Preço:

51.852 Euros*

  • Rendas:

806,47 €/mês (36m)*

758,95 €/mês (48m)*

 

  • Consumo médio e emissões:

4,0 l / 100Km / 128 gCO2/km*

  • Dados do Motor:

4 / 1.997 cc

180 / 3.750 cv/rpm

400 / 1.750 Nm/rpm

(*) Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms