O Panda, ou melhor, Grande Panda, está de volta. O “pequeno” automóvel da FIAT regressa a um segmento que povoou com mestria nas décadas de 80, 90 e 2000, agora com novos argumentos: é 100% elétrico e beneficia de uma imagem renovada. Porém, não perdeu a identidade que o catapultou para um patamar difícil de igualar neste escalão, o de citadino ágil e acessível
O FIAT Grande Panda 100% elétrico é fruto de uma visão muito clara: numa lógica de economia de custos, partilha a plataforma com outros modelos do Grupo onde se insere (o Citroën ë-C3, por exemplo) e transporta para a estrada a ideia de que a eletrificação está ao alcance das empresas que procuram uma solução de mobilidade económica, prática e com um look moderno.
É impossível ficar indiferente ao seu aspeto exterior. Os designers italianos de Mirafiori tiveram em mente a simples, porém eficaz, ideia de que um carro de frota não tem de ser monótono. Exemplo disso são alguns detalhes únicos neste Grande Panda, como é o caso da inscrição “PANDA” na lateral das portas ou das barras de tejadilho, que o tornam mais robusto. Contudo, um dos elementos mais geniais de design do Grande Panda resulta das inúmeras homenagens à pista de testes de Lingotto, desenhadas nos mais variados elementos do habitáculo, seja na consola central, na moldura que acomoda ecrã tátil de infotainment e painel de instrumentos, ou até mesmo nos indicadores de nível de bateria ou de regeneração de energia, também eles desenhados no simples e icónico formato oval da pista de testes de Turim.
Ainda a bordo, e porque os carros de empresa se querem funcionais, a FIAT muniu o Grande Panda de inúmeros compartimentos de arrumação inteligentes, pondo de lado a ideia de que um citadino carece de espaço. Nota para o muito interessante segundo porta-luvas, instalado em frente ao lugar do passageiro, revestido de bambu numa clara alusão à utilização de materiais sustentáveis, um compromisso há muito assumido por qualquer grande construtor automóvel e o qual a FIAT claramente há muito abraçou (o pequeno utilitário 500e ou o gigante furgão E-Ducato, em lugares bem distintos na gama italiana, assim o atestam).
FIAT Grande Panda Hybrid: um símbolo da cidade com preço abaixo dos 19 mil euros
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Aplicabilidade do FIAT Grande Panda
A sua versatilidade e agilidade em cidade são o seu maior trunfo. Ao longo de cerca de 500 km, na sua grande maioria feitos em cidade, o Grande Panda provou estar à altura dos desafios impostos pelas mais estreitas e sinuosas ruas da capital. Os seus 113 cv, que são inferiores em quantidade relativamente a concorrentes “da família” como o Corsa elétrico ou o E-208, enfrentam qualquer exigência das 7 Colinas e a sua autonomia, ainda que pouco superior a 300 km reais, revela-se suficiente e perfila-o como uma boa solução para sistemas de pool ou até para projetos de aluguer operacional flexíveis/temporários.
Confortável e leve, mas com claro foco na praticidade urbana e não orientado para performances de desportivo, o Grande Panda La Prima 100% elétrico permite carregamento em corrente contínua (DC) em 27 minutos para 80% da carga num posto com 100 kW, um fator que também pode fazer a diferença nos tempos de inatividade (para carregamento), uma vez que estes são cada vez mais importantes na operação de uma empresa.
E embora o inteligente – e patenteado pela FIAT – cabo retrátil de carregamento integrado em espiral resolva o potencial desaparecimento ou desgaste de um cabo de carregamento, fator que poderia tornar-se em mais um custo para o gestor de frota, este pode ser utilizado apenas em postos de carregamento AC (corrente alternada).
Ao nível da segurança a bordo, inclui diversos Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS), elemento crítico na segurança dos colaboradores de uma empresa.
Impressões
Um carro de empresa já não é só uma ferramenta de mobilidade. Pode também significar fator de rentabilidade e retenção de talento.
O FIAT Grande Panda La Prima 100% elétrico é perfeito exemplo disso: reduz custos de utilização (por ser elétrico) e transporta o colaborador para um cenário onde conduzir um citadino elétrico é sinal de modernidade. Neste caso, a sua imagem retro é o seu grande trunfo, num apelo à emoção que a FIAT exibe sem pudores. Uma aposta seguramente ganha.
Custo de aquisição, valores de renting e características do FIAT Grande Panda La Prima 44 kWh
| Custo de aquisição | 21.972 euros + IVA |
| Renda 36 meses | 600 euros + IVA |
| Renda 48 meses | 539 euros + IVA |
| Motor elétrico | 150 cv |
| Binário máximo | 120 Nm |
| Consumo combinado | 17,4 kWh/100 km |
| Bateria | 44 kWh (úteis) |
| Autonomia | 320 km (combinada) |
| Carga máxima AC | 11 kW |
| Carga máxima CC | 100 kW |
| *Valores Ayvens. Quilometragem técnica máxima: 200.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição | |








