O Fiesta tem sido um dos modelos mais vendidos da Ford e esta nova edição parece ter tudo para continuar a sê-lo. Com bastante equipamento e um motor que é um sério candidato a bloco do ano, continua a ser um dos melhores carros do segmento B.
Desde sempre que o Ford Fiesta foi um dos carros mais divertidos de conduzir dentro do seu segmento. Uma posição para o condutor, que o colocava com a noção certa do tamanho do carro, ajudava a colocar o Fiesta na melhor trajetória da estrada como se de uma mota se tratasse. Por outro lado, um chassis com a rigidez afinada ao milímetro deu a possibilidade de curvar e de conduzir com muito menos limites do que aqueles que se poderiam esperar de um carro desta natureza.
Ele não precisava de ter sequer versões desportivas – embora as tivesse – para se assumir como um carro que deixava um verdadeiro prazer de condução. As motorizações também ajudaram. O Fiesta esteve sempre bem equipado e não será um exagero dizer que o 1.4 TDCi o tornava uma combinação notável.
Agora, com este novo motor, a Ford subiu a parada. O anterior era de uma geração onde a potência e a disponibilidade eram questões importantes. Mas, mesmo assim, com algumas evoluções que a marca ia acrescentando, cumpria com consumos surpreendentes. Sobretudo a partir do ECOnetic, os resultados melhoraram muito. Basta dizer, a propósito, que o menor consumo registado por esta revista, até hoje, foi precisamente num Fiesta com esse motor.
Desta vez, a Ford prometia 3,7 l/100 km de consumos, mas não foi isso o conseguido. Sem esforço nenhum, conseguimos chegar aos 5,8 l/100km num percurso inteiramente de cidade, ainda por cima sem sistema Stop/Start. O mais importante e que nos impressionou foi a capacidade deste modelo de conseguir aproveitar os 185 Nm de binário, fazendo parecer que o carro se deslocava em qualquer situação sem dificuldade.
No carro em si, encontramos sobretudo alguns dispositivos de segurança que não existiam nas gerações anteriores. Uma delas é o sistema MyKey, que permite colocar restrições na condução através da programação desta chave. Velocidade máxima, volume do sistema de áudio, proibição de desactivação de tecnologias de segurança, tudo isto pode ser pré-definido. A Ford indica o dispositivo para quando os pais emprestam o carro aos filhos, de forma a garanta a sua segurança, mas também lança outra possibilidade: frotas. Da mesma forma que os frotistas colocam aparelhos para limitar a velocidade máxima das suas viaturas, com o propósito de poupar combustível, ou colocam toda a série de restrições na utilização dos carros, isso pode ser agora feito com este sistema.
Todas as gerações do Fiesta têm sido ótimas em chassis, mas esta é a melhor de todas. O Fiesta evoluiu na direção certa, sem perder os pontos positivos que já tinha conquistado até aqui. É isto que os construtores devem fazer.