Lançado em 2014, e portanto com alguma idade, o Ford Focus é um modelo para o qual vale a pena olhar.

A desconfiança poderá ser enorme – de facto a nível estético pouco evoluiu – mas ao testar alguns preconceitos dissipam-se.

A última geração trazia duas características que tornavam o Focus singular.

Uma delas era o conforto no seu interior, sobretudo a posição nos lugares frontais e os bancos, de alguma forma ergonomicamente estudados para que estivessem mais perto de uma poltrona do que assentos para automóveis.

Outra, era uma certa tendência para adornamento, sobretudo em curvas com algum comprimento.

Ora, a atual versão vem dar continuidade à primeira característica e acabar com a segunda.

O Ford Focus testado pela FLEET MAGAZINE foi uma surpresa. Desde o comportamento dinâmico ao conforto, passando pelo desempenho do motor – um bloco 1.5 TDCi totalmente a par das novas gerações de motores – e pelo escalonamento da caixa, fazem do Focus uma boa opção no seu segmento.

Este modelo tem ainda outra particularidade, um interface muito simples e capaz de apresentar as funcionalidades mais importantes ao condutor, sem perder passos desnecessários para chegar ao que se pretende.

A versão conduzida trazia ainda o sistema de estacionamento perpendicular e travagem ativa em cidade.

Quanto a consumos, a média conseguida foi de 5,8 l/100 km, acima dos 3,8 l/100 km prometidos pela marca, mas compreensíveis dada a rodagem em cidade e utilização intensiva do ar condicionado. Em resumo, uma boa opção no segmento, apesar do design envelhecido e de alguns avanços tecnológicos por fazer.

Impressões

É no interior que o Focus consegue marcar mais pontos.

Simples e produzido com materiais de qualidade, tudo parece estar no sítio certo e sem distrações para complicar.

Notas como forros de piso mais espessos, vidros laterais mais grossos e o isolamento do compartimento de motor fazem deste um interior silencioso e confortável.