O IONIQ é uma das mais recentes propostas híbridas que chega ao mercado português.

Por ter um motor a gasolina e não ser “plug in”, não acrescenta para já valor nas empresas.

O “para já” encontra sentido por dois motivos: em primeiro lugar, porque o privilégio fiscal dado aos carros a gasóleo vai terminar, em segundo porque este modelo vai ter em breve uma versão “plug-in” e outra 100% elétrica.

Este ensaio serve então como uma primeira abordagem ao carro que, refira-se, obteve o melhor valor residual entre a concorrência, em estudos do EurotaxGlass’s realizados na Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda e pela CAP no Reino Unido.

A habitabilidade traseira não desilude e a bagageira, com 443 litros de capacidade, é razoável. O desenho da suspensão é orientado para o conforto.

Além de beneficiar de uma posição de condução acessível, a facilidade de interpretação dos comandos, os bancos ergonómicos e ainda o espaço proporcionado e a própria insonorização tornam qualquer viagem bastante agradável.

IONIQ: fácil e descomplicado de usar

Além da vontade de conseguir um bom design exterior – que adquire maior relevo graças ao desenho da iluminação led -, outro desejo da Hyundai foi construir um carro cuja condução fosse divertida e a mais parecida com a de um carro convencional.

E conseguiu-o.

Dirigi-lo assemelha-se a fazê-lo com uma viatura com caixa de velocidades automática, com um conforto e desempenho idênticos, já que o motor a gasolina e o motor elétrico trabalham em conjunto e praticamente sem que quase se perceba, qual dos dois, ou quando os dois em conjunto, estão a funcionar.

Excepto pelas indicações no painel de instrumentos. A competência da transmissão automática de seis velocidades com dupla embraiagem faz toda a diferença nessa transição suave, proporcionando ainda modo sequencial com patilhas no volante.

Tendo a cidade como habitat ideal para a poupança, na estrada, em velocidade e em curva, rapidamente nos habituamos à tendência natural dos híbridos desacelerarem fortemente para regenerar energia.

Quando a intenção é poupar combustível, facilmente o condutor entra num jogo inteligente da economia, utilizando o mais possível o modo elétrico e rentabilizando ao máximo as descidas para regenerar energia.

Até cerca de 50 km/h e com muito boa vontade durante não mais do que meia dúzia de quilómetros é possível circular só com o motor elétrico, o que significa que podemos poupar precisamente quando se registam consumos mais elevados: situações de trânsito urbano denso e a arrancar após semáforos ou cruzamentos sem prioridade.

Mas se a intenção for esquecer a vertente ecológica e eficiente do IONIQ, o modo Sport fornece uma resposta dinâmica surpreendente e realmente desportiva ao conjunto mecânico, acrescentando ainda peso à direção para torná-la mais precisa.

 

A mecânica híbrida do Ioniq

Partilha a plataforma com o Kia Niro.

As versões híbridas utilizam motor 1.6 a gasolina com 105 cv e 147 Nm de binário.

Dois modos de funcionamento – Sport e Eco -, servem para melhorar a eficiência de combustível ou acrescentar (muita) dinâmica à condução.

O motor elétrico gera mais binário do que o motor a gasolina (170 Nm) e tem 43,5 cv.

É alimentado por uma bateria de iões de lítio colocada sob o banco traseiro, cuja capacidade é garantida de fábrica por 8 anos ou 200 mil quilómetros.

A potência combinada é de 141 cv e o consumo médio homologado de 3,9 l/100km, para 79 g/km de CO2.

Não é brilhante, mas o importador aposta na versão mais dinâmica (TECH), com pneus mais largos e jante 17.

Durante o ensaio, o computador de bordo registou alguns parcelares acima dos 5,0 litros mas, no final, assinalava uma média de 4,2 litros.

Preço:

34.544 Euros*

Rendas:

823,37 €/mês (36m)*

753,13 €/mês (48m)*

Consumos e emissões:

3,9 l / 100Km

92 gCO2/km*

Características motor:

4 / 1.580 cc

141 / 5,700 cv/rpm

147 / 4000 Nm/rpm

Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms